Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





terça-feira, 22 de março de 2016

ENCONTRANDO A MORTE NA ESQUINA


    Fui acordado hoje com a seguinte mensagem: "B morreu, cometeu suicídio ontem a noite".


   Não é uma boa maneira de se começar o dia. Saber que alguém passou dessa para outra faz pensar, assusta, ainda mais se a pessoa era alguém conhecido e a  forma como o ato se efetivou, partiu dela mesmo.
    Fico imaginando quantas vezes cruzei com a Dona Morte , vestindo sua capa preta e segurando sua foice, nas esquinas da vida. Confesso que na quase totalidade das vezes, a ignorei completamente, sequer notei que ela estivesse ali, e mesmo se tivesse notado teria dado um olhar de esguio, só por curiosidade,  mas teria seguido sem sequer um meneio de cabeça. 
    Mas, e sempre existe um mas, não posso mentir que em alguns momentos de minha vida, fiquei atento para ver se ELA estava por perto, acho que até cheguei a sussurrar seu nome. Nesse dia talvez estivesse no mesmo clima que B, pronto a abraçá-lá e deixar que ela me levasse.
    Não sei os motivos que levaram B a terminar com sua história sobre a superfície da Terra,  nem sei como ELE o fez, ou se deixou um bilhete explicativo. Às vezes nem eu entendo os motivos que me fariam agir da mesma forma. Tristeza? Decepção?  Descrédito em mim mesmo e na própria vida em si? Um pouco de cada ou tudo junto? Hoje estou fraco em todos os sentidos, tanto físico quanto psicológico e a notícia sobre o suicídio não ajudou muito a dar-me forças.
    B irá fazer falta, será um buraco a mais no meu coração.  Espero que a atitude tenha dado a ele aquilo que acredito procurava ao pensar em terminar com a própria vida: tranquilidade. 

   Vá em paz B querido, talvez eu A encontre na esquina hoje, pergunte por você e conversando, ELA aproveitando do meu atual desamor pela vida , convença a juntar-me a ti.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

APÓS AQUELA MICHELADA


Querido amado.

Não há receitas ou fórmulas que permitam certezas na vida.

 Entre as pessoas, há empatia, boa vontade, tentativas, acertos e erros.

 Nem sempre somos a luva perfeita para aquela mão que gentilmente seguramos ou apertamos , nem sempre somos o que o outro procura. Mas isso não invalida nem diminui a alegria que um dia tivemos ao tentar dar certo, ao tentar funcionar enquanto íamos nos conhecendo. Não tira o gosto gostoso de cada beijo e o calor de cada “amasso”. E jamais apagará da memória a imagem do sorriso estampado, na alegria ou no simples nervosismo dos iniciantes.

Como não há garantias, também não há desculpas por não sermos, aquilo que alguns procuram.

Fica somente uma pequena tristeza por não ter sido, mas a vida é assim, uma hora nos enche de alegrias e esperanças, no entanto faz da tristeza e do vazio personagens da mesma jornada.


Hoje, queria poder dizer tantas outras palavras que expressassem o que sinto, mas você sabe o que sinto e tantas palavras já foram ditas. E não estávamos tentando escrever um artigo, estávamos tentando dar certo, mas não deu! Não havia oceano entre nós, mas havia após um oceano outro porto, para somente uma das embarcações. 

Ao final me resta somente,  pelos momentos em que você me fez sentir vivo, me fez rir, fez meu coração disparar de alegria, fez com que 50 km se transformassem em 5, te dizer obrigado!  

domingo, 13 de abril de 2014

QUERO UMA CAMPANHA DE HUMANIZAÇÃO.

Recebi hoje, no email, um vídeo que fala sobre quantidades de açúcar e gordura em refrigerantes e salgadinhos. Os preferidos dos jovens e de muitos outros mais velhinhos.

Numa das revelações feitas pelo vídeo, descobri que uma simples latinha de refrigerante tem 7 saquinhos de açúcar, daqueles que usamos para adoçar o café. Sete!!!

Descobri também que num pacote de batatas fritas, tem gordura suficiente para fazer o arroz de duas semanas, sendo feito todos os dias. E que os biscoitos doces tem demasiada mistura das duas coisas: açúcar e gordura. Engraçado era ver a expressão dos participantes do vídeo.

Bom.. eu também, como o pessoal do vídeo, fiquei surpreso com as informações. Ainda bem que parei com os refrigerantes e não gosto dos salgadinhos. Confesso que como uns biscoitos doces, durante o mês, mas não deve chegar a 2 pacotes, hehehehe.

Mas a minha preocupação também é outra e chama-se "qualidade do ser humano". 

Tenho percebido o quanto se faz campanha para ter uma saúde física boa, o quanto se investe em esclarecer que esse e aquele produto são nocivos, engordam, causam isso ou aquilo. Porém, não vejo campanha que retrate o quanto as pessoas estão "sem educação", "egoístas", "interesseiras" e "malvadas" e que queira reverter essa situação. Ter corpinho magrinho é bom? E ser educado e sensível, não é?

A todo instante ouço falar em "barbáries sociais" cometidas por diversos níveis de seres humanos, desde os mais incultos aos mais esclarecidos, desde os mais jovens aos mais velhos.

Isso está me preocupando mais do que a gordura no salgadinho, porque de nada adianta ter pessoas saudáveis, porém "más" andando por ai, fazendo das suas, não respeitando e totalmente insensíveis aos outros.

Quem conhecer alguma campanha que fale da "humanização do ser humano", me manda, para que eu possa com maior prazer ainda, passar adiante.

Como professor que sou, estou meio cansado de ter minhas palavras e meus "ensinos" serem jogados fora, quando digo ao meu aluno para ser de um jeito, e o mundo, inclusive seus familiares, os estão ensinando a ser do pior jeito.

#pronto.falei! 

domingo, 21 de julho de 2013

HOJE, DOMINGO!


Acordei com vontade de continuar dormindo.
Demorei a me levantar e fazer conexão com o mundo exterior.
Liguei o modo "hoje é domingo" e voltei para a cama.
Senti falta de algo, como se meu corpo e minha mente não estivessem conectados.
Senti-me um pouco vazio!
Resolvi não viver, por uns momentos, descansar mesmo!
Acho que todo guerreiro precisa de uma trégua, um momento de repensar as estratégias ou de endossá-las.
Sofro pelo medo de perder tempo, mas pago pelas decisões tomadas às pressas!
Desejo soluções rápidas, em um mundo onde as coisas acontecem no seu devido tempo!
Pronto, descobri que estou em  crise existencial!
Resolvi colocar num papel, esse meu momento, porém o papel está distante, ironicamente o “notebook” está ao lado e ligado, bom... resolvi digitar.
Descubro que a tecla backspace (que volta e apaga os erros de digitação) não está respondendo ao meu comando, será que minha crise, passou para meu “notebook”?
Desisto!
Não quero brigar com a tecnologia, não hoje, não agora, não em crise!

Estou vendo um livro de Clarice Lispector ao alcance das mãos. 
Vou folheá-lo, com certeza Ela terá algo a me dizer.

domingo, 11 de novembro de 2012

YOLO - "You Only Live Once"

       
              Para muitos, esta é uma verdade: só se vive uma vez!
        A despeito dos espíritas, cuja existência é pontuada por encarnações, e outras religiões que aceitam outras vidas, para mim esta é única!
         E claro que, por ser única, deve ser respeitada e tratada com carinho. A sigla YOLO é, na verdade, uma das maneiras dos norte americanos se comunicarem via sms e redes sociais. Não a conhecia, e ironicamente a vi pela primeira vez numa notícia de morte: cinco jovens norte americanos morreram em um capotamento, do carro com que estavam brincando em fazer derrapagens em alta velocidade. Instantes antes do acidente, um deles posta no twitter esta sigla.
         Assim que terminei de ler a notícia pensei: valeu a pena? Um simples acontecimento de poucas horas (entre a festa, a bebedeira e o acidente) vale por uma vida toda? E todos tinham em média 20 anos.
         Clarice Linspector disse uma vez que "viver é insuportável". Tem momentos que concordo com ela. Vivemos sob tantas regras e sob tantos preceitos que cansa! Quando conseguimos fugir um pouco desse estresse todo de trabalho e complicações com outros seres humanos, ai sim, conseguimos uma certa paz. Precisamos aprender a alcançar esses momentos, não é fácil, mas são compensadores. Tem horas que devemos parar de procurar a felicidade e viver a vida! Outro dia, me peguei focado em um "problema", não conseguia resolvê-lo e nem conseguia me acalmar e curtir o que estava acontecendo ao redor. Quando me desliguei do tal "problema" comecei a perceber que estava mais tranquilo e que sentia maior prazer nas pequenas coisas.
         Tenho uma filosofia sobre a felicidade, já escrevi aqui outras vezes, mas vou repetí-la: a felicidade não é um destino, é um caminho. O que quero dizer é que só poderemos dizer se fomos ou não felizes, quando verificarmos que, apesar de todos os reveses e todos os aborrecimentos, tivemos uma quota boa de momentos felizes. E felicidade não é constante! É ver o sorriso de uma criança, é assistir a um filme que te emocione, é uma volta de bicicleta, uma caminhada pelos parques, uma saída com amigos, etc.
         Uma vida não deve valer por um momento, mas sim por milhares deles!

         Não sabemos quanto tempo temos, mas devemos ter ciência de fazer o melhor que se pode enquanto estamos aqui. Quero que ao fechar os meus olhos, seja em breve ou seja daqui a muito tempo, possa sorrir mentalmente e dizer que valeu a pena, que fui feliz não uma vez, mas diversas vezes! Se tiver que prestar contas, lá do outro lado, que seja só de créditos! Estar bem é um crédito!
Boa semana!

       

terça-feira, 6 de março de 2012

O HOMEM ALBINO E A BARATA ALBINA


Ambos foram vistos essa noite na orla carioca.

 Ela, a barata, foi vista primeiro, cambaleava sobre um píer de madeira, não sabia exatamente para onde queria ir, ou de que maneira chegar, parecia meio bêbada. Grogue talvez, não tive condições de averiguar a origem de seu desnorteio, apenas apreciei, por um curto tempo sua tentativa de não estar ali,  visível aos homens e bem ao alcance de seus pés. Em uma fresta do píer ela se foi, espero que saiba nadar!

Ele, o homem, foi visto depois, não muito tempo, mas eu já havia esquecido da barata, quando o  vi. Intrigado com a situação, dois seres totalmente diferentes, porém albinos, em uma noite só!  Parei de pedalar e apreciei seu caminho. Não estava nada bêbado! Caminhava sobre as pedras portuguesas do calçadão de Copacabana, com firmeza e, diferente da barata sabia exatamente para onde queria ir. Não havia fresta para ele, mas havia uma faixa de pedestre, onde pisando nos retângulos brancos, que combinavam com sua tonalidade de pele e sua camisa também branca, foi-se pela Rua Santa Clara.

Voltei a pedalar, pensando nos “encontros” e torcendo para que eles, como a coceira na mão esquerda ou a visão de uma estrela cadente, sejam o prenuncio de algo bom.

J

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

COPO CHEIO OU COPO VAZIO?


Uma pergunta que, como diversas, responderemos com a seguinte prerrogativa: depende!

Isso mesmo, depende de diversas coisas, principalmente do que será colocado nele, e do que somos, almejamos e podemos.

No momento essa pergunta surgiu, quando pensei que gostaria de começar o novo ano, com minha mente como um copo vazio de preocupações, zerando tudo aquilo que durante, não só esse último ano, mas todos os anteriores encheram esse meu “compartimento cerebral”, com preocupações e coisinhas irritantes, como desapontamentos e desilusões.

Dizem que tristezas e chateações servem para aprendermos e nos tornar mais sábios e sensíveis, concordo! Mas existem algumas que deveriam ser expurgadas imediatamente após acontecidas, porque não vão trazer muito benefício, pelo contrário vão ficar “martelando” na cabecinha por muito e muito tempo, e já viu alguém fazer cara bonita quando está preocupado ou aborrecido?

Ainda não encontrei uma filosofia ou um tratamento que me faça deletar alguns aborrecimentos, mas meu desejo para minha nova vida, a partir desta postagem, é que eu possa me livrar rapidamente de pensamentos e atitudes, que durante toda a minha existência, só me atrapalharam! Ninguém merece!

Um feliz Ano Novo, com o copo vazio de sentimentos mesquinhos e tolos, passível então, de ser preenchido com nobreza, sensibilidade e muitas atitudes positivas!

Isso serve para mim e para todos os meus três leitores.

Beijos e Abraços.