Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





sábado, 15 de março de 2008

A PROFISSÃO

Como escolher a profissão correta? Ou melhor, será que eu escolhi o certo?

Quando se está no ensino médio, antigo segundo grau, mais antigo ainda colegial, somos obrigados a nos deparar com o vestibular! O que fazer? Bem... eu era bom em matemática, mas também era bom nas outras matérias também. Gostava muito de biologia, entender o corpo era tudo. E história? Fechar os olhos e imaginar os fatos que nos fizeram chegar à bagunça que é hoje, isso era incrível. Pra não dizer física, adorava imaginar o tempo de queda das coisas, e a velocidade então?
Como um bom quase CDF, digo quase porque nunca fui de ficar estudando muito, tinha facilidade em prestar à atenção e lembrar do que fora dito ou escrito. Poderia ter escolhido qualquer carreira, que acho me daria bem, mas tinha que escolher só uma.

Não foi difícil cursar matemática, poderia ter sido um aluno bem melhor, mas resolvi trabalhar e estudar ao mesmo tempo, e isso complica a vida do universitário, ainda mais de matemática! Hoje sou professor, mas poderia ser um analista de sistemas, como a grande maioria dos meus colegas de sala se tornaram depois do curso da PUC. Não me arrependo do meu ofício, quando a gente fala ofício, parece não ser tão agradável quanto se gostaria, né? Mas gosto muito de dar aula, porém a turma hoje em dia tá tão chata! Uma grande maioria não quer nada com o conhecimento e isso tá tornando o processo doloroso.

Tem momentos que me sinto um judeu, falando em hebraico, para um grupo de indígenas do Xingu. Imaginou a cena!? Pois bem, talvez os indígenas fossem mais respeitosos com o rabino do que alguns alunos são comigo.
Mas isso é uma discussão longa. Agora foi só um pequeno desabafo.

segunda-feira, 10 de março de 2008

O PODER DA TRISTEZA

Esse foi o título de uma reportagem na revista Época (nº 511) deste mês. Muito me chamou à atenção, porque coincidentemente ando pensando nela. Na verdade não só penso, como estou vivendo-a.
De acordo com alguns cientistas, filósofos, etc, mencionados na matéria, ela, a tristeza, se faz necessária para podermos aprender, produzir, criar coisas que a felicidade, por ser um estado de tranquilidade não nos permite.
Concordei em muito com vários aspectos, mas sinceramente. Não dá para aguentar algumas tristezas, principalmente quando o motivador dela, é a própria pessoa. Erros cometidos, que não poderão ser revertidos. Perda de oportunidades, que não voltarão. Descrença em si mesmo e a falta de esperança. São razões mais que fortes para um mergulho profundo, onde a volta se demorar muito, pode não ser a tempo de salvar-nos do "afogamento".

Nunca havia me sentido deprimido, achava que era só para os fracos, pois bem, da mesma forma que nosso corpo fica debilitado por conta de uma gripe, agora estou aprendendo que nossa mente também sucumbe e sente dores fortes. E nesse caso, a depressão é algo tão concreto, quanto as manchas da catapora, que coçam e ferem.

quarta-feira, 5 de março de 2008

SIMPLICIDADE

Por que não a praticamos mais vezes?
Ela junto com sinceridade e sensibilidade são minha tríade preferida.

Mas como todo ser contaminado, por modelos impostos por nossa sociedade, acabo, de vez em quando, traindo-as.

Por muitas vezes deixei de ser sincero com medo de magoar. Mas vale?
Por outras vezes fui um insensível, achando que meus sentimentos mesquinhos, justificavam a grosseria ou indiferença.
E ainda consegui ser esnobe, quando poderia ter me calado!
Será que tenho jeito?

domingo, 2 de março de 2008

ELA, A POLÍTICA!

Sempre que vou conversar sobre política com amigos, ou até mesmo simples conhecidos, me sinto um incompreendido, coloco minhas posições e meus pensamentos sobre o que acho ser política, ao menos a que tem sido, praticada por políticos do mundo inteiro. Mas sinto que o assunto não rende, que as pessoas preferem omitir opiniões, ou quando omitem dão um exemplo, como bolsas isso, bolsas aquilo e ponto final. Isso define a política para eles.

Na essência, a definição de política é ser “um conjunto das práticas relativas ao Estado ou a uma sociedade”. Bem como, “habilidade no trato das relações humanas”.

Então, por lógica, fazemos política a todo momento, certo?

E a pergunta é: como a fazemos? Não sou nenhum historiador, mas baseado em livros e fatos já lidos e presenciados - quando não cometidos por mim mesmo, em toda minha, não tão curta existência - chego à conclusão que a troca de favores , concessões feitas à esquemas e “camaradagens” sempre estiveram presentes e sempre estarão. Por quê?

Ora veja o quanto evoluímos! Hoje somos capazes de falar do outro lado do mundo em pequenos e potentes aparelhos, sem contar nos mais diversos avanços tecnológicos ocorridos nestas últimas décadas. No entanto, no campo emocional e comportamental, somos quase os mesmos Neandertais de milhares de anos. Invejosos, agressivos, interesseiros, egoístas, e o que se puder pensar mais.

Não andamos com tacapos! Pioramos! Agora são pistolas, fuzis, granadas, quando não simples carros ou facas e canivetes. Sabemos e presenciamos a pobreza e a fome, e sequer baixamos o vidro dos nossos carros. Quando não, para piorar nossa situação, aproveitamos para tirar proveito dessa miséria. Precisa falar mais? Desculpem aqueles que dirão: mas eu não sou assim! Saibam que eu também não sou. Mas questiono-me sempre, sobre o que estou fazendo para isso mudar, e se isso vai mudar mesmo um dia! Como professor tenho até desistido de, nas minhas turmas, que são em média 50 adolescentes, fazer mais um dos milhares sermões sobre o bem, o respeito, a solidariedade, a justiça. Eles não me deixam mais falar. Preferem ouvir o McCréu ou um funk da moda, quando não discutir quem vai ganhar o milhão no BBB.

Sinceramente, não acredito em política que envolve poder, dinheiro, armas, subjugação e muito menos nos homens e mulheres que a praticam. Bem como nas políticas que não envolvem tanta coisa, veja as ONGs.

Obamas, Hillarys, Lulas, FHCs, Collors, até nosso ex-presidente da UNE, atual prefeito de Nova Iguaçu. Todos, por mais bem intencionados que sejam a princípio acabam sucumbindo ao peso do poder e às facilidades. Até porque sabemos muito bem que a escalada ao poder não é gratuita, pelo contrário, envolve muito gasto, muita dívida. Investe-se muito em uma campanha política. E claro que os “investidores” não o fazem para perder, o lucro é a meta final.

Não faz muito, ouvíamos discursos insuflados de pessoas que acreditávamos, sinceramente, ajudar a melhorar a administração pública e todos os setores primordiais para a nossa possível e justa sobrevivência. Pessoas vizinhas, com origens parecidas, que viviam as agruras que o setor público sempre nos impôs. E que por isso, pareciam legítimos representantes de cada um de nós.Mas foram somente discursos de momento. Foi como o “eu te amo” dito após uma noite maravilhosa de sexo. Sincero e pungente, porém que dias depois perde seu valor, porque as situações passarão a ser outras, até que um dia, aquele ou aquela que disse nos amava, nos abandona. E perguntamos, será que ele ou ela nos amou mesmo? A resposta é sim, naquele momento! Não podemos cobrar amor eterno. Por isso os políticos até acreditam e nos fazem acreditar no que prometem, em seus discursos insuflados, depois de uma noite maravilhosa de sexo conosco, para depois sermos literalmente abandonados. Porém, os políticos não foram feitos para nos amar, mas sim para nos representar legitimamente.

Se for para entrar em um jogo, do qual tenho certeza irei me decepcionar e sair logrado, prefiro então não brincar. Isso é omissão? Não, isso é simples cansaço.