Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





domingo, 2 de março de 2008

ELA, A POLÍTICA!

Sempre que vou conversar sobre política com amigos, ou até mesmo simples conhecidos, me sinto um incompreendido, coloco minhas posições e meus pensamentos sobre o que acho ser política, ao menos a que tem sido, praticada por políticos do mundo inteiro. Mas sinto que o assunto não rende, que as pessoas preferem omitir opiniões, ou quando omitem dão um exemplo, como bolsas isso, bolsas aquilo e ponto final. Isso define a política para eles.

Na essência, a definição de política é ser “um conjunto das práticas relativas ao Estado ou a uma sociedade”. Bem como, “habilidade no trato das relações humanas”.

Então, por lógica, fazemos política a todo momento, certo?

E a pergunta é: como a fazemos? Não sou nenhum historiador, mas baseado em livros e fatos já lidos e presenciados - quando não cometidos por mim mesmo, em toda minha, não tão curta existência - chego à conclusão que a troca de favores , concessões feitas à esquemas e “camaradagens” sempre estiveram presentes e sempre estarão. Por quê?

Ora veja o quanto evoluímos! Hoje somos capazes de falar do outro lado do mundo em pequenos e potentes aparelhos, sem contar nos mais diversos avanços tecnológicos ocorridos nestas últimas décadas. No entanto, no campo emocional e comportamental, somos quase os mesmos Neandertais de milhares de anos. Invejosos, agressivos, interesseiros, egoístas, e o que se puder pensar mais.

Não andamos com tacapos! Pioramos! Agora são pistolas, fuzis, granadas, quando não simples carros ou facas e canivetes. Sabemos e presenciamos a pobreza e a fome, e sequer baixamos o vidro dos nossos carros. Quando não, para piorar nossa situação, aproveitamos para tirar proveito dessa miséria. Precisa falar mais? Desculpem aqueles que dirão: mas eu não sou assim! Saibam que eu também não sou. Mas questiono-me sempre, sobre o que estou fazendo para isso mudar, e se isso vai mudar mesmo um dia! Como professor tenho até desistido de, nas minhas turmas, que são em média 50 adolescentes, fazer mais um dos milhares sermões sobre o bem, o respeito, a solidariedade, a justiça. Eles não me deixam mais falar. Preferem ouvir o McCréu ou um funk da moda, quando não discutir quem vai ganhar o milhão no BBB.

Sinceramente, não acredito em política que envolve poder, dinheiro, armas, subjugação e muito menos nos homens e mulheres que a praticam. Bem como nas políticas que não envolvem tanta coisa, veja as ONGs.

Obamas, Hillarys, Lulas, FHCs, Collors, até nosso ex-presidente da UNE, atual prefeito de Nova Iguaçu. Todos, por mais bem intencionados que sejam a princípio acabam sucumbindo ao peso do poder e às facilidades. Até porque sabemos muito bem que a escalada ao poder não é gratuita, pelo contrário, envolve muito gasto, muita dívida. Investe-se muito em uma campanha política. E claro que os “investidores” não o fazem para perder, o lucro é a meta final.

Não faz muito, ouvíamos discursos insuflados de pessoas que acreditávamos, sinceramente, ajudar a melhorar a administração pública e todos os setores primordiais para a nossa possível e justa sobrevivência. Pessoas vizinhas, com origens parecidas, que viviam as agruras que o setor público sempre nos impôs. E que por isso, pareciam legítimos representantes de cada um de nós.Mas foram somente discursos de momento. Foi como o “eu te amo” dito após uma noite maravilhosa de sexo. Sincero e pungente, porém que dias depois perde seu valor, porque as situações passarão a ser outras, até que um dia, aquele ou aquela que disse nos amava, nos abandona. E perguntamos, será que ele ou ela nos amou mesmo? A resposta é sim, naquele momento! Não podemos cobrar amor eterno. Por isso os políticos até acreditam e nos fazem acreditar no que prometem, em seus discursos insuflados, depois de uma noite maravilhosa de sexo conosco, para depois sermos literalmente abandonados. Porém, os políticos não foram feitos para nos amar, mas sim para nos representar legitimamente.

Se for para entrar em um jogo, do qual tenho certeza irei me decepcionar e sair logrado, prefiro então não brincar. Isso é omissão? Não, isso é simples cansaço.

Um comentário:

Alexandre Lucas disse...

Há dois tipos de pessoas no mundo; as que gostam de política e as que são governadas pelas que gostam de política...