Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





terça-feira, 11 de dezembro de 2007

SOLIDÃO

Um estado de espírito ou uma condição real?

Estar sozinho é o mesmo que não ter ninguém por perto? Então, como nos sentimos sós, mesmo estando no meio de uma multidão?

Cresci solitário! Estranho confessar isso, porque quem me conhece, hoje em dia, jamais acreditará nessa afirmação. Por muito tempo fui um "solitário espiritual", cuja "alma" vagava num limbo à procura de um caminho. Confesso que nunca fui um "solitário físico", pois tive 3 irmãos, pai, mãe, SP, parentes, Rio, Recife, Mundo! Então porque já me senti tão só a ponto de chorar?

Quando nos fechamos, por qualquer motivo, como medo, dúvida, anseio ou discordância, criamos a falta de diálogo. Que pode ser com os outros e/ou consigo mesmo. Ou seja não há comunicação interna e nem externa! Passamos então a ser prisioneiros da nossa própria angústia. E isso é péssimo! Dá um certo desespero, porque as respostas às vezes são simples, mas nos negamos a aceitar tamanha simplicidade.

Claro que muitas das vezes, ela, a solidão, se faz necessária. Tem coisas que só a ausência de ruidos e de pessoas podem ser resolvidas. Esse é um momento de comunicação interna.

Muitos procuram em outros a solução para sua "solidão espiritual", confundindo-a com a "solidão física" e acabam mais sós ainda. Naturalmente que o ideal é não ser obrigado a viver nenhuma das duas, mas se temos que enfrentar alguma, que seja a física, pois é mais fácil de ajustar.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

ESCOLHAS DE SOFIA

Nunca fui muito fã do tal do livre arbítrio!
Alguns dizem que nós somos responsáveis pelo que acontece com nosso futuro, nós fazemos o nosso destino, nós é que comandamos o leme do curso de nossas vidas e blá, blá, blá.
Ahhh sei não!
Tem tanta coisa que aconteceu comigo, que eu, confesso, tive que decidir, mas foram decisões tendenciadas pelo próprio momento de minha vida. Um exemplo, ao ter terminado o ensino médio, antigo segundo grau, fiz o meu vestibular e passei para a USP, porque morava lá em Sampa. Fiz o vestibular num domingo e no dia seguinte, antes mesmo do resultado, meu pai avisa que nos mudaríamos para o Rio. O que aconteceu? Passei no vestibular, mas... o que fazer? Abandonei tudo e mudei com a família. Essa “escolha” por “abandonar” São Paulo, deveu-se à minha impossibilidade de, aos recém completados 18 anos, ficar sozinho por lá. Livre arbítrio? Onde está o “livre”? Isso e um "catatau" de outras anteriores e posteriores a essa.

Existe um filme, que assisti somente uma vez, mas que achei o máximo, não lembro o título em português, mas em inglês é “Sliding Doors”, protagonizado pela Gwyneth Paltrow, conta a história de uma mulher que chega a uma estação de metrô e ao passar pela roleta (catraca para os paulistas), percebe que o trem está para partir. A ela cabem duas opções, correr e pegar o trem ou esperar pelo próximo. Pois bem, ai que entra o legal da estória, o filme passa a mostrar paralelamente os efeitos de cada uma das decisões, todas as conseqüências de cada uma das possíveis escolhas. É muito legal, perceber como o simples ato de correr ou não para pegar o trem, pode mudar tanto a nossa vida. Ao final fica aquele gostinho de análise dos vários metrôs e ônibus que corremos para pegar ou deixamos seguir. E ainda tem uma coisa que eu gosto muito, a música final é do Acqua, lembra da música da Barbie Girl? Pois bem eles aqui cantam uma balada muito bonita: Turn Back Time.

Todas as escolhas que fazemos, na realidade não estão ligadas simplesmente à nossa vontade, querer nem sempre é poder. Estou passando por um momento em que terei que fazer escolhas importantes, algumas quando você estiver lendo esse, já foram feitas, outras terão que ser decididas em horas ou dias. Existe uma angústia na decisão a tomar, um certo medo das conseqüências. Já me arrependi de muitas, hoje vejo que não dava para ser de outra forma, ou não havia suporte físico ou não havia maturidade suficiente para abraçar a outra opção.

Saudoso e querido amigo, pronunciava a seguinte frase: “nós fazemos um plano e Deus às vezes faz outro”. Torço, muito mesmo para que eu e Deus tenhamos muitos planos feitos em comum!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

MONALISA ENTREVISTANDO

Acabei de sair de uma entrevista inicial, para um cargo qualquer no "Cirque du Soleil"! Não queridos e queridas, eu não pretendo me pendurar no trapézio e fazer coisas mirabolantes no ar. Provavelmente, se você for assistir ao evento, irá encontrar-me ou vendendo lembrancinhas ou servindo o seu guaraná, quem sabe uma Perrier?
Claro que, para poder serví-lo prazeirosamente e sorridentemente (exigências da gerência) eu terei que passar pelo sorriso da minha entrevistadora e de sua assitente muda. Ela sorria da mesma forma para todos (já incorporando o espírito que a gerência exige. creio eu) e olha que tinha gente de todo o tipo, desde um guatemalteco, até uma descolada que viu a fila, perguntou para o que era, e como ela "a-do-ra" o espetáculo se sentiu tentada a participar de alguma forma, mesmo que fosse para prender os cabos!
Essa passagem de hoje na minha vida, fez me lembrar dos psicotécnicos já feitos, das árvores e casas desenhadas, dos quadrados e círculos que tinham alguma seqüencia lógica, sem falar nas dinâmicas de grupo, onde tinha que levar para um abrigo, pós bomba nuclear um bando de gente esquisita.
Nunca entendi muito bem como passei em alguns e fui reprovado em outros. Ninguém deve saber, só mesmo as psicólogas e seus sorrisos, e claro, suas assistentes mudas.

domingo, 25 de novembro de 2007

QUANDO NASCI VEIO UM ANJO SAFADO...

Quando nascemos, com aquela cara toda amassada, todos dizem que somos uma gracinha! Entenda-se gracinha como uma coisinha pequena e frágil, e não uma beleza de bebê. Até porque, eu particularmente não acho que nenhum de nós depois de ter ficado 9 meses dentro de um líquido e todo apertado, vá sair de lá (da barriga de nossas mães), com a cara de quem esteve num spa ou em Ibiza.
Ninguém, nesta primeira olhada, diz que seremos gentis, inteligentes, perversos, generosos, egoístas, tímidos, extrovertidos e por ai em diante. Até porque ninguém sabe, muito menos nós.
Com o passar do tempo, nossas características vão “mostrando suas manguinhas”, e elas as tais características vêm num “chip interno", e que não foi sugestão de ninguém. Já vem de fábrica.
Que pai ou mãe, ao comprar o bercinho de seu futuro rebento almeja que o mesmo seja um bom amigo? Isso se pensa quando compramos um cachorro. Mas a benevolência, o altruísmo, o bom coração vêm no tal “chipzinho” que é fabricado por algum anjo (usando uma linguagem católica, mas só para ilustração).
Eu particularmente, concordo com o Chico Buarque, que me ajudou no título desta postagem. Porque esse tal querubim, responsável pelo meu “chip” aprontou poucas e boas.
Mas não creio que tenha sido só comigo, você também que um dia porventura, vir a ler o que escrevi, vai se pegar pensando, senão até dizendo consigo mesmo: quem foi que disse que eu queria ser tímido? Ou falador? Sincero demais? Ou mesmo mentiroso pra caramba? Etc. Com certeza, em algo, esse “anjinho” aprontou para você.
Vou nem falar nas características físicas ou sócio-econômicas , se isso for obra do bendito também, então, ele que me aguarde!