Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





domingo, 11 de novembro de 2012

YOLO - "You Only Live Once"

       
              Para muitos, esta é uma verdade: só se vive uma vez!
        A despeito dos espíritas, cuja existência é pontuada por encarnações, e outras religiões que aceitam outras vidas, para mim esta é única!
         E claro que, por ser única, deve ser respeitada e tratada com carinho. A sigla YOLO é, na verdade, uma das maneiras dos norte americanos se comunicarem via sms e redes sociais. Não a conhecia, e ironicamente a vi pela primeira vez numa notícia de morte: cinco jovens norte americanos morreram em um capotamento, do carro com que estavam brincando em fazer derrapagens em alta velocidade. Instantes antes do acidente, um deles posta no twitter esta sigla.
         Assim que terminei de ler a notícia pensei: valeu a pena? Um simples acontecimento de poucas horas (entre a festa, a bebedeira e o acidente) vale por uma vida toda? E todos tinham em média 20 anos.
         Clarice Linspector disse uma vez que "viver é insuportável". Tem momentos que concordo com ela. Vivemos sob tantas regras e sob tantos preceitos que cansa! Quando conseguimos fugir um pouco desse estresse todo de trabalho e complicações com outros seres humanos, ai sim, conseguimos uma certa paz. Precisamos aprender a alcançar esses momentos, não é fácil, mas são compensadores. Tem horas que devemos parar de procurar a felicidade e viver a vida! Outro dia, me peguei focado em um "problema", não conseguia resolvê-lo e nem conseguia me acalmar e curtir o que estava acontecendo ao redor. Quando me desliguei do tal "problema" comecei a perceber que estava mais tranquilo e que sentia maior prazer nas pequenas coisas.
         Tenho uma filosofia sobre a felicidade, já escrevi aqui outras vezes, mas vou repetí-la: a felicidade não é um destino, é um caminho. O que quero dizer é que só poderemos dizer se fomos ou não felizes, quando verificarmos que, apesar de todos os reveses e todos os aborrecimentos, tivemos uma quota boa de momentos felizes. E felicidade não é constante! É ver o sorriso de uma criança, é assistir a um filme que te emocione, é uma volta de bicicleta, uma caminhada pelos parques, uma saída com amigos, etc.
         Uma vida não deve valer por um momento, mas sim por milhares deles!

         Não sabemos quanto tempo temos, mas devemos ter ciência de fazer o melhor que se pode enquanto estamos aqui. Quero que ao fechar os meus olhos, seja em breve ou seja daqui a muito tempo, possa sorrir mentalmente e dizer que valeu a pena, que fui feliz não uma vez, mas diversas vezes! Se tiver que prestar contas, lá do outro lado, que seja só de créditos! Estar bem é um crédito!
Boa semana!

       

terça-feira, 6 de março de 2012

O HOMEM ALBINO E A BARATA ALBINA


Ambos foram vistos essa noite na orla carioca.

 Ela, a barata, foi vista primeiro, cambaleava sobre um píer de madeira, não sabia exatamente para onde queria ir, ou de que maneira chegar, parecia meio bêbada. Grogue talvez, não tive condições de averiguar a origem de seu desnorteio, apenas apreciei, por um curto tempo sua tentativa de não estar ali,  visível aos homens e bem ao alcance de seus pés. Em uma fresta do píer ela se foi, espero que saiba nadar!

Ele, o homem, foi visto depois, não muito tempo, mas eu já havia esquecido da barata, quando o  vi. Intrigado com a situação, dois seres totalmente diferentes, porém albinos, em uma noite só!  Parei de pedalar e apreciei seu caminho. Não estava nada bêbado! Caminhava sobre as pedras portuguesas do calçadão de Copacabana, com firmeza e, diferente da barata sabia exatamente para onde queria ir. Não havia fresta para ele, mas havia uma faixa de pedestre, onde pisando nos retângulos brancos, que combinavam com sua tonalidade de pele e sua camisa também branca, foi-se pela Rua Santa Clara.

Voltei a pedalar, pensando nos “encontros” e torcendo para que eles, como a coceira na mão esquerda ou a visão de uma estrela cadente, sejam o prenuncio de algo bom.

J