Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





sábado, 29 de agosto de 2009

PETER, A GALINHA D'ANGOLA


Ando meio “travado”! “Travado” de tudo! Minha imaginação, meu humor, minhas esperanças, minha fé. Todos esses componentes, incluindo minha saúde, não estão 100%, talvez a única coisa realmente total é a certeza de que estou “travado”.


Tentei fugir um pouco, do meu ambiente natural: cidade grande, correria, problemas de flanelinhas, estacionamentos, gripe suína, alunos, etc. E, resolvi subir a montanha, literalmente fui para um local a 1700 metros de altitude: Campos do Jordão.



Pesquisei na internet (essa santa invenção), descobri uma pousada simples, mas com estilo, e com um preço que, ao quebrar meu porquinho, poderia pagar. Ainda tive a pachorra de pedir desconto. Tentei, não consegui, o que consegui foi não ter que depositar antecipadamente os 50%, o que já foi um ponto positivo, pois se acontecesse algo que me impedisse de abraçar essa minha jornada de esperança, pelo menos não perderia esse dinheiro.



Fazia um frio danado! No dia anterior, o site, da pousada indicava uma noite de 2 graus centígrados, ou seja, frio pra caramba! Porém isso não seria motivo para me intimidar, quem passou uma parte da vida sob o frio de São Paulo, agüentaria uns graus a menos, por uns dias.

Não sei se minha intenção era simplesmente desligar e descansar ou pensar e tentar colocar a vida, pós, montanha, nos eixos. Claro que estar bem acima do nível do mar, não me dá o poder de estar acima de todos os meus tormentos atuais. Senti, somente, que poderia fugir e me divertir, mesmo que fosse baforando e vendo meu ar quente se tornar névoa!



Não comi tão bem quanto queria, pois Campos do Jordão, apesar de ser uma cidade pobre, descobri isso, conversando com meu anfitrião, é ao mesmo tempo muito cara. Famosa pelos shows de inverno e sua gastronomia requintada, seus restaurantes voltados aos turistas cobram valores acima da média. Tudo bem, descobri lugares mais em conta, porém perdi na qualidade! Mas consegui me sentir bem, e isso é o que importou. Senti paz e sob os cobertores, uma vez, que choveu muito e a temperatura deve ter chegado aos 2 graus, senti um calor tranqüilizante e aconchego suficientes para me fazer, como não sentia a um tempo, feliz.


Descobri que meu anfitrião é dono da pousada há mais de 22 anos, desde que resolveu fugir de São Paulo e lá viver. Não entrei muito em detalhes. Em outros tempos já teria agora toda informação sobre a vida dele, mas como disse no começo, sinto-me “travado” até mesmo para conversar. E quem me conhece sabe que, não me ver, tagarelando com quem quer que seja, é quase impossível. Mas 22 anos lá, somente administrando a pousada, me pareceu calmaria demais! :-)



Descobri também que ele tem diversos animais de estimação, entre eles um cachorro, vira-latas, muito agradável e brincalhão chamado Champ, também gansos, patos, outros cães e uma galinha d'angola. Engraçado que eu não conhecia galinhas d'angola, sempre ouvi falar muito, mas não me lembrava de ter visto “face to face” ou até mesmo a foto de uma.



Resolvi então subtrair essa ignorância de minha vida! Foi quando fui apresentado a Peter, a galinha em questão. Achei muito engraçado pois, primeiro quando pensei em galinha tinha em mente outra imagem, depois, saber que na verdade era um espécime macho, galo d'angola (existe?) chamado de Peter, foi tudo! Claro que “ele” não me deu a mínima bola, rodeou um pouco por perto e depois se mandou. Mas deixou, como toda minha viagem, um pouco da boa impressão que precisava e que fui buscar a 1700 metros de altitude.