Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

MOTORISTAS DE TAXI - PARTE 1


Por conta da instituição da nossa chamada "Lei Seca", um personagem que há muito não acompanhava e que voltou à cena em minha vida é o motorista de taxi.

No começo da lei, resolvi assumir o papel de "o amigo da vez" e não beber, assim poderia ir confortavelmente com meu carro e voltar sem correr o risco de perder a vida ou a chance de dirigir por um bom tempo, sem contar claro, com os mais de 900 reais da multa. Imperdoável. Dá para trocar os quatro pneus do meu carrinho.

Porém ver meus amigos beberem e se divertirem e eu "careta" a noite toda, foi um ato de bravura que durou somente 3 meses, ou aproximadamente 12 noitadas.

E como foi melhor! Primeiramente voltei a achar todos os outros bêbados engraçados e até rir muito de suas piadas, coisa que não fiz durante os 3 meses anteriores. Mas também, imagine você numa "balada" cujo ingresso custou 60 reais, consumíveis, ou seja, você poderia beber tudo no valor de 60 reais, no mínimo e não pagar mais nada! Claro que caipirinhas (que adoro!) e outros drinks com nomes mais sofisticados, tipo Dry Martini, Screw Driver, Manhattan, etc. em alguns lugares custam aproximadamente uns 20 reais, o que te permite beber uns 3. O que para mim é o suficiente para alegrar a noite!

Mas... e se você não vai beber, imagina consumir 60 reais de Coca-cola? Na pior das hipóteses, se o local quiser "meter a mão" e te cobrar por cada latinha 5 reais, mesmo assim você vai poder beber 12. Com certeza, depois da terceira, não tem ser humano que tenha paciência com outro que está "colocado" alcoolicamente. Foi a partir desse dia que resolvi deixar de ser o amigo da vez em dirigir para ser o amigo da vez em beber também.

Percebi que me livrei de duas coisas absurdamente incômodas no Rio de Janeiro: vaga e guardadores. A primeira sempre difícil, os segundos, na sua grande maioria irritantes. "Ai mermão hoje é 10 real, na responsa!" ou "Patrão nóis tá aqui num é brincando não, tomo trabalhando, é serviço de primera". Isso quando não há discussões. Então o advento taxi, veio me dar uma tranquilidade nestes aspectos irritantes da noite carioca.

Como não estava mais, acostumado à bebida, foi fácil ficar tonto e com uma alegria acima do normal na primeira vez. Na hora de pegar o taxi para voltar fui discutindo com o motorista sobre filosofia...

A introdução ficou grande, por isso continuo na próxima postagem. Aguardem!
Beijos e abraços, sóbrios!




segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A DIFÍCIL TAREFA DE DIZER ADEUS!


Quando se ama alguém ou se tem um sonho, abrir mão ou perder é muito doloroso. Por um lado temos que reconhecer que algo morreu, o sentimento (no caso da pessoa)  ou a motivação (no caso do sonho).

E como é difícil reconhecer que isso aconteceu! 

Às vezes levamos mais tempo para nos convencer do que gostaríamos! Talvez porque não queremos reconhecer nossa perda, pois perdas nos fazem sentir um pouco mais vazio, como um espaço em branco, uma peça que falta num quebra cabeça. 

É necessário que sejamos realistas, que reconheçamos que mesmo com todo o esforço e todas as manobras, nem sempre alcançamos a meta! Nem tudo ou todos é para nós. 

Mas a vida é assim, cheia de perdas e ganhos, e nesse vai e vem é que aprendemos como lidar com a próxima oportunidade, avaliamos o que fizemos de certo e de errado, tentamos não cometer os mesmos erros e ficamos mais atentos aos pequenos detalhes. 

Não é bom dizer adeus a alguém, ou a um sonho que dedicamos um bom tempo, a sensação de voltar a estaca zero, é f... 

Quando a pessoa e o sonho se mesclam em uma coisa só, sentimos uma dor maior. Porém como diz o velho ditado: não a dor que o tempo não cure! 

Que venha o tempo!

domingo, 16 de novembro de 2008

O QUE EU NÃO QUERO SER QUANDO CRESCER!


Quando criança, os adultos tendem a fazer aquela célebre pergunta: o que você quer ser quando crescer? Engenheiro? Médico? Professor? Astronauta? Cantor de Funk? Loira do Tcham? Homem Berinjela? Mulher Melancia? Bem... há uma gama de opções, mas na verdade não dá para prever, pois eu por exemplo queria ser médico, acabei como professor de matemática!

 Porém uma coisa que ninguém pergunta é o contrário! Talvez porque seja uma pergunta direcionada aos adultos. Como me fiz algumas vezes, e repeti agora a pouco, de madrugada, com alguns “mojitos” e caipirinas a mais, voltando para casa, no banco traseiro de um táxi.

 

Existem diversas coisas que não quero ser, porém ser uma pessoa solitária ou infeliz é do que mais fujo. 

Fugi dos padrões normais, não casei, não tenho filhos e particularmente não vejo tais acontecimentos em minha vida, pelo menos em curto prazo. E veja que curto prazo para mim, considero os próximos cinco anos. 

Então como fugir da solidão? A grande maioria de meus amigos criou suas famílias, têm seus filhos. Voltam para casa à noite, depois do trabalho e praticam seus papéis de maridos, esposas e pais. E assim suas vidas vão sendo preenchidas com esses acontecimentos. E os que, como eu, não tem alguém com quem contar quando chegar em casa? Ao assistir a uma novela, série ou mesmo notícia no telejornal não tem com quem comentar? Ao deitar podem esparramar-se pela cama, pois não há ninguém para dividir? Como fugir da sensação de sentir-se sozinho? Mergulhar em leituras ou tarefas do trabalho que trazemos para casa? Escrever blogs? Papear com os outros, talvez solitários também no MSN, Orkut ou salas de papo de algum provedor? 

Tinha um amigo do peito, de festas e baladas, o Fernando, havíamos prometido, que iríamos nos apoiar e cuidar um do outro. Ele se foi, numa artimanha trágica da vida! Faz um tempo, 4 anos, mas ainda me sinto órfão dele. Quando nos sentíamos pra baixo, não importava a hora, o telefone tocava e em pouco tempo estávamos em algum bar, com uma cerveja e filosofando.

Claro que curto muito meus momentos do eu-sozinho, pois nele penso, repenso, pesquiso, escrevo... mas sinceramente, tem horas que gostaria de ter ao meu lado alguém inteligente, que soubesse conversar, contar piadas, rir das minhas piadas e até ficar em silêncio juntos.

Não estou triste, acabei de vir da balada, bebi um pouco demais e isso baixou um pouco meu astral, tanto que não conversei sobre o tempo ou qualquer amenidade com o motorista do táxi, que me trouxe para casa. Só vim com essa pergunta na cabeça: o que eu não quero ser quando crescer?

Taí algo que preciso pensar sóbrio!

Beijos e abraços!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ALEGRIA DE SER FÃ






Fazia tempo que não experimentava uma sensação tão gostosa: a de ser fã!

E curtir o artista em sua plenitude, em seu momento maior: se apresentando para você.

Vamos entender que esse para você, representa uma multidão de mais de 6000 pessoas, que encerradas em um ambiente chamado casa de espetáculo, absorveram cada segundo desta epopéia, que se iniciou quando, por acaso, descobri que Kylie Minogue faria um show no Brasil, mesmo sendo fã, com essa minha vida corrida, não consigo estar antenado a tudo!


Primeiramente me veio o desespero de saber que o show seria em São Paulo, e imediatamente no final de semana seguinte. Assim que cheguei em casa tentei comprar o ingresso pela Internet, mas não consegui, algum “plug in” do meu novo “browser” não permitiu que o processo da compra chegasse ao final, como não sabia disso, achei que os ingressos estivessem sido todos vendidos. Pânico!

Resolvido o problema, mudei de “browser”, consegui descobrir que ainda tinham ingressos à venda, mas que pela Internet não estava conseguindo comprar meia-entrada e que ainda pagaria uma taxa de serviço de 20% do valor do ingresso. Dois absurdos, aos quais eu não estava disposto a compactuar. Após uma vasculha, mais minuciosa, num site terrível, de uma empresa terrível como a “ticketmaster” (tenho exemplos anteriores de maus momentos com ela), descobri que poderia comprar os ingressos em dois pontos de vendas, um no Riosul (Saraiva Megastore) outro em Copacabana (Modernsound).

Dia seguinte, organizei meu horário e fui para o Riosul, quando deparei-me com um sistema fora do ar. Como não tinha tempo de ir até Copa, decidi fazer uma tentativa mais tarde. Que se mostrou infrutífera, pois continuava o “bendito” sistema ainda fora do ar. Esbaforido e irritado, corri, literalmente para a Modernsound, onde após descobrir que também pagaria uma taxa de conveniência, consegui finalmente os ingressos. Comprei dois, consegui convidar um amigo, que meio resoluto, uma vez que não era tão fã da cantora, aceitou me acompanhar.

A próxima etapa, seria decidir como ir, se de avião (muito caro!) se de ônibus (ia limitar muito a mobilidade dentro da cidade), ou de excursão, pois descobri que havia um grupo se mobilizando para ir ao show. Decidi ir de carro, por conta da minha incapacidade de estar com tudo organizado até a hora que a excursão sairia. E porque também queria ter o poder de decidir meus horários junto ao fato de que o valor da excursão e o que gastaria indo de carro daria no mesmo.

Na véspera da viagem, meu carro deu problema, queimou o “rádio-cd-mp3-player”! Como fazer uma viagem de aproximadamente seis horas sem música? Impossível. Resolvi esse problema, mas no dia da viagem, exatamente antes de pegar a Via Dutra, um pequeno curto, quase acabou com todas as minhas esperanças de ir tranqüilo. Resolvi também, e com algumas horas de atraso nos mandamos!

Chegamos sãos e salvos, demoramos mais para fazer o percurso marginal do Tietê até a Paulista do que fazer Pindamonhagaba para Guarulhos (para os que não imaginam as distâncias, estou comparando duas cidades distantes de dois bairros próximos), fiquei na casa de um amigo. Aproveitei para descansar um pouco, dormi muito e acabei me atrasando. Na correria me perdi pelas armadilhas, chamadas de ruas, de Sampa, amo minha cidade, mas dirigir sem ter certeza do caminho é uma aventura lá. Consegui chegar a tempo e pegar um bom lugar, mas esqueci a máquina fotográfica na mochila. Por sorte conheci um outro fã, que menos enrolado do que eu, levou a sua digital e me prometeu enviar as fotos. Santo Mr. X!

Sabe quando cada momento de sofrimento, angústia, inquietação e aborrecimento vale a pena? Pois bem, essa foi a conclusão ao terminar, o que chamo de o melhor show dos meus últimos tempos. Saí do Credicard Hall, em São Paulo, um lugar longe pra caramba, cujo estacionamento é caríssimo, e não é tão grande quanto eu imaginava, completamente apaixonado! A simpatia, a meiguice e a competência da Kylie Minogue, só não me fez chorar porque seria um pouco demais. Senti-me um verdadeiro tiete, pulei, dancei, me diverti muuuuuiiito. E saí completamente “in love”.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

VOLTO LOGO!


Tenho muito o que contar: um atropelamento, uma candidatura e eleição para um cargo, uma nova perspectiva de vida, academia, festas, amigos, bebedeiras, vexames, mas não tenho tido tempo para escrever. Espero voltar em breve, pois estou morrendo de saudades de divulgar, apesar de não ter divagado muito. 
Aguardem-me!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

AO MESTRE COM CARINHO


Atire a primeira pedra, aquele que, sendo da minha geração não assistiu ao filme em que Sidney Poitier, ao som de To Sir With Love, cantado por Lulu, transformava alunos rebeldes, de algum subúrbio londrino, em pacatos futuros cidadãos.

Sou professor, não porque fiquei com inveja do Sidney, mas porque assim foi que meu caminho seguiu. E, como Sidney, dou aula, não para alunos rebeldes de um subúrbio londrino, mas simplesmente rebeldes de comunidades cariocas, cujo comportamento anda me deixando maluco.

Quando você estuda Matemática ou Física, como eu estudei, mesmo escolhendo licenciatura, não é preparado para a realidade de salas de aula problemáticas e abarrotadas como tenho.

Estou no magistério há 13 anos, número cabalístico dizem, dá sorte para alguns e azar para outros. Para mim não significa nada, a não ser um número primo maior que 11 e menor que 17. Mas tratando-se de tempo de profissão, há o que se levar muito em conta, principalmente porque, se eu pensar bem, um aluno do ensino fundamental que tinha 15 anos e estava na 8ª série na minha primeira turma, hoje está com 28 anos. Pode ser um homem casado, pai. Engenheiro, administrador, professor, médico recém-formado ou não ser nada disso e sequer ter terminado o ensino médio. A única certeza que tenho é que ele está com 28 anos.

Outra certeza que posso garantir é que esse aluno, há treze anos, com a mesma origem que vários dos meus alunos de hoje, não tinha o mesmo comportamento. Era definitivamente, mais educado, respeitoso, tinha uma noção de limites e principalmente ainda sabia o valor da escola. Com esse aluno devo ter sido capaz de conversar e dar algumas dicas, talvez até alguns conselhos, porque esse aluno me ouvia, ainda acreditava na minha imagem e considerava minhas palavras.

Em um mundo tão antenado, globalizado, informatizado e podemos dizer até mais democratizado, estou estarrecido ao ver a falta de entusiasmo e excesso de agressividade dos meus alunos. Não são mais aqueles meninos e meninas, cheios de curiosidade pelas descobertas a cada virada de página do livro. São adolescentes, para quem o sexo não é assunto velado e sim corriqueiro, quando não muito bem praticado. Vestem-se com tênis de marca, calça jeans da moda, têm o mais caro dos celulares, porém não sabem o que é pedir licença, fazer um agrado, ouvir, interessar-se realmente uns pelos outros. São companheiros para a farra, bagunça. Ouvem e dançam o último funk. Mas será que ouvem um ao outro?

Nunca ouvi tanto palavrão em sala, se antes eu tinha uma sala com 35 alunos onde 5 eram os bagunceiros e 30 paravam para me ouvir, hoje estou em salas com 50 alunos, onde 5 se interessam por alguma coisa e 45 não param de falar. Lembro-me das cenas de sala de aula do professor Takery, não eram calmas, mas não era um elenco tão grande.

Sidney, ou professor Takery, teve a oportunidade de mudar, e resolveu, na cena final, ao abrir um presente, que era uma caneca, manter-se lá, na esperança de mudar uma nova turma de rebeldes.

Claro que nem tudo são ossos, há momentos de muita beleza, mas mesmo assim, mesmo tendo recebido essa caneca que ilustra a postagem estou pensando seriamente se continuo.

Ah! Ia me esquecendo: feliz dia dos professores!

sábado, 4 de outubro de 2008

ENVIE PARA 7, 10, 15 PESSOAS...



Recebo de vez em quando, de algum amigo, de simples conhecidos, ou de completos estranhos algumas correntes do tipo:

Uma oração para um santo ou um padroeiro qualquer e depois um pedido para que você envie em um determinado tempo, no máximo 1h, para 7, 10, 15 pessoas de sua lista, assim um pedido qualquer feito mentalmente se realizará logo.

Uma pessoa que diz que você é maravilhoso é um amigo e tanto, enaltece algumas qualidades, que na verdade nem suas são, e diz que se você realmente tem amigos e é amigo deste que te enviou, terá que enviar para 7, 10, 15 pessoas da sua lista, inclusive para o dito cujo que te enviou e assim será provada sua amizade.

Uma que manda você mentalizar algo, pensar em alguém que quer do seu lado, e se você enviar para uma quantidade x de pessoas da sua lista, essa pessoa cairá aos seus pés jurando amor eterno.

Tem a da criança que está doente e precisa de uma cirurgia ou algum tratamento caríssimo, o qual será pago pela AOL, na forma de centavos, recolhidos por cada email que você passar, assim você terá que enviar para 7, 10, 15 ou toda as pessoas da sua lista.

A última é uma que está sendo monitorada pela AOL e pela Microsoft, informando que ambas são as maiores empresas de Internet e que pagarão U$ 245,00 para cada pessoa que você mandar o email e U$ 243,00 para você. Ora, eu imagino que na realidade a AOL e a Microsoft querem se tornar as empresas mais idiotas da Internet, se isso viesse a ser verdade, pois eu pergunto: que vantagem elas teriam fazendo você enviar e-mails? E outra, porque o cara para quem você vai mandar o email ganhará mais do que você?

Uma vez, recebi uma que dizia que se eu não enviasse o quantitativo de cópias previstas estaria condenado a solidão, tristeza, sofrimento e miséria pelo resto da vida! Eu até me assustei, pois ela começava tão mansinha, com uma oração à não sei quem, e que várias pessoas pelo mundo inteiro já haviam sido contemplados com os desejos, e blá, blá, blá. De repente me vem com essa maldição.

Naquele instante me perguntei, será que realmente fulano é meu amigo? Será que ele quer o meu bem mesmo? Primeiro porque quem é meu amigo sabe que sou avesso às correntes, pirâmides, montinhos, etc., e pensaria duas vezes antes de enviar e, segundo, porque isto não era uma corrente espontânea, mas um mandato, caso não cumprido, acarretaria em punição.

A partir de agora nem me dou ao trabalho de ler, já “deleto” imediatamente, sei lá, vai que eu leia até o final e depois não consiga dormir com medo dos malefícios que uma corrente tão bem intencionada como esta vá provocar!?

Saindo das correntes, e entrando no mundo do esoterismo e misticismo, algum de vocês conhece alguém que teve seu “amor trazido de volta em 3 dias”? Eu sempre fiquei intrigado com essa chamadinha dos videntes e pais de santo.

:-)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

ANJOS



Eles existem?
Quem são?
Como são?
Onde estão?

Anjo da guarda! Sempre ouvi alusões a ele, seja o meu, seja o de outra pessoa qualquer, mas a realidade é que, muitos acreditam na sua existência. Sim e creditam a ele, o fato de conseguirem safar-se de algumas situações, que envolvem até a própria saúde, ou vida mesmo.

Durma com os anjos! Outra expressão muito usada, mas eu pergunto, como são esses anjos com quem eu deva dormir? Gordinhos? Não creio, essa era uma visão renascentista, de Boticelli, onde todos para serem felizes tinham que ser gordinhos. Hoje em dia, nossos anjos devem ser magrinhos, de preferência sarados para agüentar o rojão do dia a dia.

E seus rostos, como são? Morenos? Louros? Mulatos? Negros? Será que um oriental tem um anjo também oriental? E o sexo? Dizem que é perda de tempo discutir o sexo dos anjos, mas é curioso saber se todos são do sexo masculino. Não conheço a alusão a nenhuma anja, nem mesmo o meu editor de texto reconheceu esse substantivo! Mas seria mais do que justo que houvesse anjos e anjas, afinal de contas nosso protetor tem que ter uma certa sensibilidade para nos proteger né?

Essa discussão à parte, a crença neles é uma questão pessoal, como eles são, ou se realmente são alguma coisa imaginável, também é. Certa feita, assistindo a um programa de televisão, um personagem chegou ao que mais gostei do que vou chamar de definição de anjos. São situações! Isso mesmo, que podem advir de um outro ser humano, de um animal ou até de um objeto.

Exemplificando: uma vez um amigo contou que fora a uma festa, de carona, com outros conhecidos, porém na festa, o mesmo comera e bebera de modo que na hora de voltar estava sentindo-se mal do estômago e com gases. Bom... como não conseguia controlar-se, resolveu voltar de táxi, para não incomodar o grupo, sabia como o pessoal zoaria o tempo todo.

Em sua casa, antes mesmo de dormir naquela madrugada, recebeu um telefonema da mãe de um dos rapazes que voltaria com ele, no mesmo carro. O carro havia se chocado com um caminhão de lixo e os dois ocupantes, da frente, posição que ele ocuparia, haviam morrido. A dor de barriga foi ou não um anjo?

Quantas vezes não somos impedidos ou obrigados a fazer algo, ou mudar de rumo, ou deixar tal local, e com isso deixamos de sofrer algo, ou até sofremos algo, mas que irá nos favorecer? Isso para mim são os anjos.

Hoje em dia, não reclamo quando uma coisa não sai como eu quero, ou quando me atraso por um motivo bobo, ou mesmo quando perco alguma coisa. Mesmo não sabendo, por detrás de cada “ato do destino” como esses, pode ser meu anjo atuando. Na verdade ele tem a cara da carteira que esqueci, do motorista que não parou, da senhora que pediu para que eu a ajudasse com alguma coisa, enfim meu anjo pode ser qualquer coisa que evite o meu mal.

E o seu, como é?

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ACABANDO COM NOSSO "GRAMUR"!




Quem de nós, em algum momento da vida, não usou um dito popular para ilustrar melhor nossa conversa, ou acentuar uma idéia que queríamos passar? Esses ditos, são em muitas vezes, passados de geração para geração. Nossa avó fazia uso do mesmo, nossa mãe muito o repetiu e nós, mantendo a linhagem social, e o “status” da família, os declamamos de maneira altiva e convicta de que estamos abafando.

Até que um dia, em uma roda de amigos, ao proferir uma dessas pérolas populares, um dos presentes, é um professor de língua portuguesa, que tranqüilamente nos chama a um cantinho e cruelmente declara que minha avó estava errada!

Por diversas vezes, após chegar a um lugar de difícil acesso ou longínquo mesmo, como por exemplo, a tumba onde estão “teoricamente” os restos de José, pai de Jesus Criso, em Roma. Pronunciei: “A-há! Quem tem boca vai à Roma.” Sem saber que proferi algo que não existe!

Não só desta vez, como em tantas outras, eu e acredito que todos vocês, meus três leitores, já pronunciaram alguns dos dizeres que agora, com a ajuda do carrasco professor de língua portuguesa, que condenou minha “vózinha”, vou mostrar estavam errados.

No popular se diz: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro'
Correto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro'

E esse: ‘Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'
Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.'
E eu passei minha infância declamando um poema sobre as batatinhas, que já começava errado!

Esse era o preferido de uma tia:'Cor de burro quando foge.'
Vou nem dizer para ela que o correto é: 'Corro de burro quando foge!'

O que deve ter promovido a minha primeira gafe internacional: 'Quem tem boca vai a Roma.'
Veja o correto: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Esse eu sempre achei nojentinho: 'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa..
Fico até contente em saber que o correto é: 'Esculpido em Carrara.' (Carrara, o mármore)

E pra terminar:'Quem não tem cão, caça com gato.'
O correto é: 'Quem não tem cão, caça como gato... ou seja, sozinho!'

Pronto! Desculpe se magoei as avós de vocês também, mas era preciso, não ia deixar a minha “pagar o pato” sozinha (ih será que é isso mesmo? Pagar o pato?). Mas cá entre nós, apesar de toda essa nova cultura adquirida, vou continuar com “quem tem boca vai à Roma”, que acho mais útil e tem sentido maior para mim do que o verdadeiro, afinal quem quer vaiar Roma? Lá é tudo de bom!

E tenho dito!

domingo, 21 de setembro de 2008

NÃO SEJA O INSETO, SEJA A LUZ!


Atrair ou ser o atraído, eis a questão!




Não é fácil estar maravilhosamente bem 24 horas por dia, 7 dias na semana e 365 dias no ano. Mas é fundamental que lutemos com todas as nossas forças para emanar uma energia positiva, pois só assim criaremos uma "aura" clara capaz de atrair tudo aquilo que é bom na vida!




Ser um farol que direciona na imensidão e escuridão destes mares é um privilégio, do qual só nos tornaremos merecedores se estivermos bem conosco mesmos.




Questão resolvida, vamos cuidar da nossa auto-estima para poder iluminar a vida dos outros!


terça-feira, 16 de setembro de 2008

CONSIDERAÇÕES DE UM PÓS DEPRESSIVO




Auto estima, desilusão, problemas de ordem física e/ou financeira, deixar-se focar em um único ponto (negativo), sem perceber que a vida tem vários outros, tudo isso e mais algumas outras coisas podem ser causadores da depressão. Nunca a levei muito a sério, não acreditava no seu poder como doença, sempre, no meu otimismo exagerado e excesso de afazeres chamava-a de um “mal de fácil resolução”, bastava que o paciente procurasse algo diferente por fazer.

Pois bem, dou minha mão à palmatória! Reconheço o grande erro que cometi. Infelizmente para poder assumir isto tive que sentir na pele ou na consciência o que é estar com ela.

Não me lembro exatamente quando tudo começou, talvez com o surgimento de situações e problemas que acreditava poder resolver, ou simplesmente ignorar, pois não era hora e nem o momento para levá-los devidamente a sério, bastava seguir adiante que o tempo se iculbiria em fazê-los sumir. Mas o tempo, não só deixou de fazer isso, como a eles, juntou outros, de cunho diferente, mas que seriam problemas também. Creio que, de repente me vi envolto em tantas situações complicadas e que exigiam soluções ou atenção que minha mente sobrecarregada não conseguiu dar conta e acabei sucumbindo.

Tombei como os grandes guerreiros tombam, relutando, mas lentamente pondo-se de joelhos ao inevitável. Senti pouco a pouco minhas forças esvaírem-se e minha consciência não conseguia vencer meus inimigos interiores.

Logo de cara, quis me esconder de tudo e de todos, não queria falar ou ver ninguém, mas como também não queria me dar totalmente por vencido e não queria estampar meu tormento, tentei da melhor forma, continuar interagindo com família, amigos, colegas de trabalho, alunos, etc. Sei que não fui muito sensível neste momento, talvez tenha cometido alguns deslizes e sendo ríspido ou rude com alguns. Tudo me incomodava e, a cada cobrança, me sentia como um animal acuado e com minhas garras prontas para uma defesa.

Em momentos de pior agonia e insustentabilidade emocional corria para minha cama, meu quarto, meu escuro, meu refúgio, e só me levantava quando sentia que não seria uma ameaça, aos que me rodeavam, afinal, eles não mereciam meu mau humor, nada tinha haver com eles.

Vivi momentos em que não tive ânimo para levantar, nestes, meu desespero aumentava, pois sentia correr em minhas veias algo mais do que simplesmente sangue, sentia um pesar forte, que fazia pressão no meu coração e que fazia doer a cabeça. Não tomei remédios, preferi ficar nos chás e nos sucos, principalmente o de maracujá, pois acreditava no efeito calmante do mesmo. E funcionava!

Como um náufrago desesperado e se debatendo, procurei a primeira coisa que pudesse evitar que afogasse, e nesta ânsia agarrei-me a um “pedaço de isopor”. Longe dos amigos, que por motivos diversos, não estavam por perto para me socorrer, alimentei-me com a falsa esperança dada pelo artefato que encontrei. Convergi as expectativas para um ponto errado, enquanto me debatia apoiado àquele frágil e minúsculo pedaço de isopor que, como era de se esperar, não resistiu à tamanha luta e despedaçou-se, transformando-me em um náufrago por completo.

Já certo do meu afogamento e começando a afundar, me dei conta de que ao relaxar sem me debater e sem forças, comecei a boiar. E hoje estou assim, boiando, sob um mar menos agitado, mas ainda tomando fôlego para poder nadar até uma praia segura.

O saldo até agora foi o ganho de uma gastrite, perda de cabelo, problemas com o fígado, uma internação rapidinha para tomar um soro e fazer uns exames e talvez uma ferida na alma, que se não bem tratada pode um dia voltar a sangrar, torço somente para estar atento e poder evitar que tudo se repita, porque agora eu sei o perigo real de uma depressão, tomarei a minha como rasa, e não quero encarar nunca uma profunda.

Beijos e abraços!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

SÓ SEI QUE NADA SEI!








Esta frase, título da minha postagem de retorno, sim pois andei um tempo fora de circulação, é de autoria do fisósofo grego Sócrates. 

Acredito que da mesma forma que eu, Sócrates deve tê-la pronunciado  num momento em que, mesmo diante de todas as evidências, probalidades e lógicas, algo completamente inesperado aconteceu. 

O mesmo deve ter sido dito pela pessoa que assistiu ao milagre da ressuscitação de Lázaro (?) por JC. 

Não, não vi nenhum milagre deste tipo, mas vi e vivi, alguns momentos que minha vã filosofia e minhas horas de aulas de lógica, se surpreenderam.

Com isso só posso atestar para todos os meus três leitores que, realmente, nada sabemos da vida, não dá para ter certeza de nada, por isso devemos estar sempre prontos para o inesperado, seja ele um bom ou mau acontecimento.

O negócio é viver! Pura e simplesmente.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

SOMENTE UMA VEZ (JUST ONCE)



Claro que existem trilhas sonoras para nossa vida!
Músicas que marcaram momentos! Já até postei aqui uma lista de 10 que gosto muito. Nessas últimas semanas, ressurgiu em minha vida, uma música que me persegue há anos, na verdade, desde minha adolescência.

Quem é da minha época, deve lembrar-se que nossas tardes eram regadas por diversos filmes americanos despejados na, maravilhosa “Sessão da Tarde”. Creio que até hoje ela exista, mas não sei se tem o mesmo poder que tinha na minha época. Muitos dos filmes ali exibidos, estarão em minha memória, até que uma amnésia ou um Alzheimer venham apagá-los. Histórias, personagens, atores e principalmente músicas permeiam esse meu mundo de memória dos anos 80.

Existe particularmente um filme, “O Último Americano Virgem” cuja música tema “Just Once” do maestro e arranjador “Quincy Jones” . Para mim uma das trilhas de “dor de cotovelo” mais marcante. A letra, indiscutivelmente, tem me servido de carapuça!

O filme fala de desencontros adolescentes e tentativas infrutíferas de conquistas. Quando achamos que o “mocinho” vai ficar com a “mocinha”, temos a surpreendente reviravolta, na qual ela fica com o “bandido”. Deixando o “mocinho” a chupar dedo. Deve ter sido a primeira vez que usei o termo “vaca” com tanta ênfase em minha vida.

Recentemente vivi uma situação que me remeteu ao filme, e claro, à música, por isso a estou mencionando nesta postagem. Não fui trocado pelo bandido não? Mas como diz a música: “I did my best, but I guess my best wasn’t good enough” (traduzindo literalmente: Fiz o meu melhor, mas creio que o meu melhor, não foi bom o suficiente).

E particularmente, isso é muito frustrante! Não há culpados, nem “vacas” ou qualquer outro animal que possa ser mencionado. O que há é a simples constatação que nem sempre ganhamos, e nem sempre somos o objeto de desejo de alguém, mesmo que esse alguém seja o nosso objeto de desejo. E mesmo que nos desdobremos em agrados e situações embaraçosas, quando não rola, não rola! Compreensível, mas que dá uma dorzinha dá! Risos!

Olhando pelo lado positivo da situação: os bons momentos, mesmo que não tenham sido tantos, quantos eu gostaria, valeram o esforço.

Ai vai a letra completa:

I did my best But I guess my best wasn't good enough
`Cause here we are back where we were before.
Seems nothing ever changes-- We're back to being strangers
Wondering if we ought to stay or head on out the door.
Just once, can we figure out What we keep doing wrong,
Why we never last for very long,
What are we doing wrong?
Just once, can't we find a way to finally make it right,
To make the magic last for more than just one night.
If we could just get to it,
I know we could break through it.
I gave my all
But I think my all may have been too much
Cause Lord knows, we're not getting anywhere.
Seems we're always blowing
Whatever we've got going'
And it seems at times with all we've got
We haven't got a prayer.Just once, can we figure out
What we keep doing wrong, Why the good times never last for long,
Where are we going wrong?
Just once, can't we find a way to finally make it right,
To make the magic last for more than just one night.
I know we could break through it.
If we could just get to it, just once
I want to understand
Why it always comes back to goodbye.
Why can't we get ourselves in hand
And admit to one another
We're no good without each other?
Take the best and make it better,
Find a way to stay together.

ANIVERSÁRIOS EM TEMPOS DE ORKUT




Neste último domingo, dia dos pais, coincidiu ser também o meu aniversário. Não sou pai e o meu já é falecido, o que me deixa numa categoria desprivilegiada neste dia, órfão e aniversariante. Não dá para competir com todos os pais dos amigos e com os filhos dos mesmos. Nem quero.

Passou pela minha cabeça marcar com amigos uma pizza à noite, porém alguns estariam fora, pois tinham ido almoçar com os pais, e mesmo os que almoçaram aqui na cidade já estavam cansados das filas dos restaurantes e estavam “cheios” , pois haviam se alimentado muito bem. Então por bem resolvi não torturá-los com mais um programa!

Foi um domingo chuvoso e rolava um friozinho, daqueles que dão vontade de ficar sob o edredon assistindo a um filminho, lendo um livro na cama e atendendo aos telefonemas de amigos que lembraram de ligar, entre uma fatia de picanha e outra. E foi o que fiz. Meu auto-presente foi ficar de pijama até a hora que pude, pois tive que almoçar com minha família composta de irmãs, mãe, sobrinhos e cunhados (que são pais).

Mais tarde, bem mais tarde, resolvi ligar o computador para verificar os emails, foi então que me deparei com o orkut e de uma ferramenta muito útil dele, a que indica os aniversariantes do mês, da semana, do dia. Eu mesmo já agradeci ao Mr. Orkut, por ter inventado essa rede de relacionamentos que permitiu entrar em contato com diversos conhecidos e amigos que há muito não me comunicava. E me ajuda muito a lembrar dos aniversários daqueles que não tenho um contato tão assíduo. Neste momento, verifiquei que havia recebido nada mais nada menos do que 288 scraps, não são tantos se levarmos em consideração os 760 “amigos” que tenho, porém é um número bem expressivo quando se tem que responder a cada um deles.

Existe também no orkut uma ferramenta que permite mandar mensagem multi-endereçada, porém gosto de responder individualmente, pois dá para fazer algum comentário específico ao amigo. Imagina, aquele cara que você não vê faz séculos, manda um scrap te desejando felicidades e contando que está indo morar no Japão. Não dá para simplesmente dizer obrigado pelos votos, mas também felicitá-lo pela nova aventura.

Não sei se isso me torna uma pessoa complicada, uma vez que um conhecido me disse que jamais perderia todo esse tempo da vida dele, ele me disse que, fazendo uma conta média, se eu gastasse 30 segundos com cada scrap resposta, tempo esse que pode sempre ultrapassar, mas nunca diminuir, eu levaria aproximadamente 3 horas para responder a todos. Penso que vale a pena!

Tenho em mente, que com algumas pessoas só me comunico através de emails , Messenger, skype e o próprio orkut, então tenho que aproveitar ao máximo essa forma “muderna” de manter nossa amizade, principalmente quando foram tão gentis enviando scraps.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O GRANDE JOGO




Viver é nada mais do que participar de um enorme jogo!
Com regras, limites, ganhadores, perdedores e até empates. Não ouso dizer que a comparação deverá ser feita com um único jogo. Seria um simples jogo de varetas, onde retirar as peças requer cuidado para não mexer na outra? Ou um jogo de damas, mais complicado que o de varetas, porém também de fácil compreensão, onde as peças “andam” somente de uma maneira e umas “comem” as outras? Para mim, a melhor comparação seria com um imenso jogo de xadrez, onde cada tipo de peça tem um “movimento” particular, onde cada jogada deve ser meticulosamente pensada, afinal o que estamos protegendo é o nosso reinado, seja ele branco, seja ele preto. Xadrez exige paciência, observação. Exige percepção das oportunidades.

A partir do momento que acordamos inicia-se a nossa partida diária, que com certeza não sabemos do resultado final, nem daquele mesmo dia, nem dos próximos. Quantas vezes acordo achando que o dia será fácil, e de repente há uma reviravolta! Me vejo em algumas situações que jamais passaram por minha cabeça. Nesse jogo, o nosso oponente (?) é altamente “sinistro” pois é envolto em grande mistério. Alguns chamam de destino, outros de fatalidade, tem até os que chamam de Karma. Mas seja quem ele for, nunca sabemos qual será seu próximo passo.

E claro, jogamos um "melhor de vários", porque cada dia é uma partida diferente, cada assunto é uma outra batalha, dentro daquele mesmo dia, que pode ter sua definição imediata, como pode ter continuidade indefinida. E no final de tudo, ou seja, ao apagar das luzes de nossa vida, nossa vitória, derrota ou empate dependerá do que? Do quão felizes fomos? Do quão satisfeitos estivemos? Ou simplesmente quantas partidas ganhamos?

Mas daí surge uma outra divagação: o que é ganhar?
Porque às vezes, mesmo achando que estamos perdendo, estamos ganhando, só que será uma vitória que não identificaremos naquele instante. Nem sempre deixar de levar o prêmio significa ter perdido. Por outro lado, nem sempre levar o prêmio é uma vitória!

terça-feira, 29 de julho de 2008

GENTILEZA GERA GENTILEZA


Uma das principais leis de Newton, na física, diz que a cada ação há uma reação de mesma intensidade, mas sentido contrário. Esta é a chamada terceira lei da dinâmica. Não é difícil entendê-la, basta darmos um soco em um pedaço de madeira, de acordo com a intensidade do nosso movimento iremos, deformar a madeira, mas sentiremos muita ou pouca dor após o ato. Isto é a madeira “reagindo”.

Na vida, acontece algo bem parecido pois ela é uma constante troca, nem sempre justa certamente, mas na maioria das vezes, como dizia o poeta, “gentileza gera gentileza”.

Quando criança aprendi que, se queremos algo da vida, devemos agir da mesma forma. Ou seja, quer simpatia? Seja simpático. Quer honestidade? Seja honesto. E assim por diante. Claro que com a vivência, percebemos que nem sempre funciona, pois quantas vezes somos simpáticos e acabamos levando um fora? Ou fomos gentis e acabamos com uma “patada”? Ou somos honestos e acabamos sendo enganados? Mas na contabilidade geral, essas são as exceções e não a regra, não acham?

Lido com pessoas, aliás sempre foram elas o meu objeto de trabalho. Desde os primórdios no banco, passando pela Varig, Embratel e agora dando aulas. Mas não são só os clientes, passageiros, usuários ou alunos que merecem meu cuidado, os amigos principalmente também. Dizemos que amigo é aquele que aceita nossas atitudes, independente das mesmas. Mentira! Se fizermos uma grande M com um amigo, com certeza esse relacionamento estará abalado, e dependendo da situação pode ser um abalo para o sempre. Por isso devemos ter cuidado e sensibilidade com eles.

Quando estamos no ambiente profissional, esta relação de troca é mais característica ainda, e mais sensível do que em outros ambientes. Isso porque estão presentes um ou nenhum amigo, e diversos colegas de trabalho, que são pessoas, que não escolhemos para conviver, o destino é que nos colocou no mesmo prédio, sala, etc.

Uns podem dizer: mas família também não é escolha! No entanto nos sentimos obrigados, por diversos motivos, a aceitá-los e compreendê-los, por mais esquisitos que sejam. O que não acontece com nossos parceiros de trabalho. Quando uma pessoa é chata, ou pisa na bola, não nos sentimos obrigados a aceitá-la e amá-la incondicionalmente. Somos sim, obrigados a engoli-la, principalmente se essa pessoa for nosso chefe!

Neste mundo capitalista muitos passam mais tempo com seus colegas de trabalho do que com seus filhos, mulheres, maridos e esposas. Por isso é que precisamos manter uma “qualidade de vida funcional”, para que nos sintamos bem em trabalhar ali e tranqüilos em lidar com tais colegas. Pois quando um deles é rude, a estrutura que nos liga a ele é abalada facilmente, afinal processamos negativamente a atitude e às vezes não temos nem tempo e nem tanto interesse (afinal ele é só um “cara” que trabalha conosco, pensamos) em esclarecer ou procurar “aparar as arestas”. E assim, dentro desse ambiente vai se criando uma atmosfera ruim, a qual não nos agrada e por isso aflige até nosso desempenho profissional, e isso não é bom!

Devemos então procurar ser o mais honestos, tranqüilos e gentis, dessa forma, sairemos ganhando muito mais tanto no campo pessoal quanto no profissional, .

segunda-feira, 21 de julho de 2008

O DIA DO AMIGO FOI ONTEM


Há 28 minutos findou-se mais um domingo na minha vida e de todos aqueles que estão sob o mesmo fuso horário. Passei o dia com uma pequena enxaqueca, causada pelo excesso de comida temperada e com gorduras que comi durante estes últimos dias. Sei que em tempos de academias e dietas, estou sendo um errado por não cuidar melhor do meu estilo alimentar, mas que posso fazer: adoro comer! Adoro experimentar novos sabores e temperos, claro que há limites para minha curiosidade. Mas é um mal que todo leonino sofre, o amor pela comida.

Bom... mas a postagem não será sobre comida, enxaquecas ou domingos, mas sim sobre, a data que ele significou, pois foi o “dia do amigo”. Particularmente não gosto de simplesmente desejar felicidades aos amigos, prefiro ser autor ou co-participante da grande maioria dos momentos bons. Mas sabemos que isso é impossível, haverá uma gama de situações e momentos em que não poderei estar presente. Outra coisa: não gosto de me ater a um dia, que nem dia das mães, pais, etc. Acho que amigo é para todo os dias.

Ontem não consegui enviar mensagens ou telefonar, por isso resolvi postar aqui, uma que li, quando criança e pela qual me apaixonei perdidamente, talvez algumas de suas idéias estejam fora de moda, para a turma de hoje em dia, mas para os “da minha época”, acho que será sempre muito atual. Aos meus amigos, um grande abraço, esta é minha homenagem a vocês:

“Procura-se um amigo.
Não precisa ser homem, basta ser humano, ter sentimento, ter coração!
Precisa saber calar e falar. Mas sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaros, de sol, de lua, do canto dos ventos, das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor a alguém! Ou então, sentir falta de não ter esse grande amor!
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar!
Não é preciso que seja puro e nem de todo impuro, mas é preciso que não seja vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perde-lo. No caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas!
Seu principal objetivo deve ser o de ser amigo.
Deve sentir pena das pessoas tristes, e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo, para gostar dos mesmos gostos.
Que se comova quando chamado de amigo!
Que saiba conversar de coisas simples.
Procura-se um amigo para não enlouquecer, para contar o que se viu de triste e belo durante o dia.
Dos anseios, das realizações dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças d’água e de caminhos molhados.
Procura-se um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque se tem um amigo.
Procura-se um amigo para se parar de chorar, para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros, sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para se ter a consciência de que ainda se VIVE.”

domingo, 13 de julho de 2008

SURPREENDENDO-SE COM O PASSADO


Cheguei em casa, outro dia e sobre minha cama tinha uma pasta vermelha de papelão, daquelas com elástico, onde costumava guardar meus trabalhos escolares, e alguns escritos, pois todo adolescente ou escreve ou desenha.
Nela encontrei as duas coisas, provas antigas e alguns pensamentos e poemas que escrevi. Havia esquecido de que um dia escrevera poemas. Claro que tinha muita coisa ruim, hehehe, mas também encontrei algumas coisas que me fizeram sentar aqui e escrever essa postagem.


Por quê?


Ora porque eu mesmo me surpreendi com o que li, coisas escritas há quase 20 anos e que são ainda tão presentes e tão atuais, foi super incrível!
No meio de tantos encontrei esse que, se não tivesse minha assinatura e a data, não acreditaria ter sido feito por mim, e quero dividi-lo com meus três leitores, ai vai:

Deixe-me olha-la
Para decorar seus traços
Mirar centímetro por centímetro
O que desejo e não posso

Deixe-me segui-la
Aprender seus caminhos
Sentir passo a passo
A distância que nos separa

Deixe-me ler sua mente
Revirar seus sonhos
Perceber suspiro por suspiro
Que nenhum me pertence

Deixe-me tentar esquecer
Que seus traços
Seus passos
Seus sonhos
São de outro

Que não passo de um nome
Na relação de sua vida
Sem valor, sem direitos, sem amor

Deixe-me acordar e te ver sair
Sabendo que não ocuparás
O mesmo lugar em meu coração


Este foi escrito aos 17 anos, será que deveria ter seguido outro caminho que não o dos números? Acho que seria um excelente compositor de pagodes. Risos.

Beijos e abraços.

domingo, 6 de julho de 2008

SENHOR CONCEDEI-ME...


Serenidade para aceitar o que não pode ser mudado, Coragem para mudar o que pode ser mudado e Sabedoria para distinguir uma coisa da outra.
(Almirante Hart)


Nunca soube a autoria desta pequena oração, sempre achei que fosse algo do Chico Xavier, ou do Alan Kardek, uma vez que a primeira vez que a ouvi, foi em um papo sobre espiritismo. Navegando pela internet cheguei a esse autor, não posso garantir que tenha sido mesmo essa pessoa, afinal quantas crônicas e pensamentos escritos “teoricamente” por Carlos Drumond e pelo Veríssimo, e que nunca foram realmente nem pensados pelos próprios existem!?

Mas o meu intuito aqui não é divagar sobre a autoria dos pensamentos, principalmente desse que encabeça a postagem, e sim dizer que me sinto altamente tomado por seu signifcado.

Estou passando por um momento crítico e que pede de mim, uma coisa chamada “humildade” para reconhecer minhas capacidades. Não sei se poderei seguir em frente com um certo projeto que está consumindo muito do meu tempo e demais do meu pensamento.

Em uma música do Kid Abelha, a Paula Toller dizia que ela queria mais do que merecia. Acho que mereço bastante coisa, por tudo que sou e por tudo que faço. Mas tenho que reconhecer que existem coisas além da minha capacidade mental, temporal e física.

Bom... vou meditar a respeito, pois a decisão tem que ser urgente.

No caminho, enquanto procurava a autoria da pequena oração, deparei-me com outro pensamento: “Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.” (São Francisco de Assis)

Ai, ai, ai, ...

domingo, 29 de junho de 2008

O DIA DA MARMOTA



Eu não tive o prazer(?) de ver uma marmota de verdade, mas sei que são tranqüilas e que dormem pra caramba, quase 7 meses! Parecem muito com esquilos, mas são maiores e mais gordinhas e não comem nozes e sim plantas. Aposto que quem ver um animalzinho desse, olha foto ai ao lado, claro que não vai se assustar, talvez queira levar até um como bichinho de estimação, não?

Ok, meus conhecimentos sobre as marmotas terminam aqui. Até porque não é sobre elas que quero divagar, apesar do título da postagem. Esse título se deve à tradução fiel do título de um filme, dos anos 90, que muito me agrada, e que aqui recebeu o nome de “O Feitiço do Tempo” (The Ground Hog Day).

Outro dia mesmo, “zapeando”, de repente dou de cara com o Bill Murray em mais uma cena do filme. Era umas 3h da madrugada, mas mesmo assim não resisti e mais uma vez assisti ao que chamo de “um dos meus clássicos”. Para quem não conhece, o filme conta a história de um repórter mau humorado e muito do chato, que é obrigado a cobrir a celebração do “Dia da Marmota” em uma cidadezinha, que ele acha um saco! E após uma noite de sono, depois do trabalho feito, sem explicação, acorda de novo no Dia da Marmota. Bom, a partir daí o roteiro se desenvolve de maneira muito interessante, claro que é um filme dos anos 90 e que não quis fazer ninguém mexer-se na poltrona ou criar rodas de discussão à respeito. Mas para mim é um primor de fabula.

O interessante que somente ele lembra que já viveu aquele dia, lógico somente ele estava vivendo-o outra vez, para todos os outros era um novo dia. Seu relacionamento com essa situação, que se repetiu por diversas vezes vale a pena ser acompanhado.

Toda e qualquer obra que fale sobre o tempo me fascina, ainda mas se puder manipulá-lo, intervir na história. Parece coisa de quem não está contente com sua realidade, mas não é isso. Simplesmente porque acho que sou uma criatura inquieta, e por conta disso, me agradaria poder ter a chance de mudar acontecimentos e ver no que iria dar. Sem contar em poder desfazer algumas “merdas” que fiz.

“De Volta Para O Futuro”, “A Máquina do Tempo”, “O Planeta dos Macacos”, “Em Algum Lugar do Passado”, “O Túnel do Tempo”, e mais um montão, que posso até listar depois, fazem parte dos “meus clássicos sobre o tempo”.

Lenine perguntou em sua música, o que você faria se só te restasse esse dia? Eu te pergunto, o que você faria se acordasse diversas vezes, sempre no mesmo dia?

sexta-feira, 27 de junho de 2008

CADA UM COM SUA KRIPTONITA


Sei que a inveja não é um sentimento muito legal de se reconhecer, existe até uma frase, muito divulgada em plásticos para carro e pixações que diz: “a inveja é uma m...” . Mas não poderia começar o meu assunto, sem reconhecer esse sentimento vil que agora se manifesta sobre meu ser.

Minha inveja é daquelas pessoas que são capazes de superar e se recuperar de acontecimentos perturbadores tão rapidamente, que até nos faz pensar, se realmente aquilo foi perturbador. Insensibilidade? Frieza? Sangue-frio? Corpo-fechado? Superpoderes? Bem, seja o que for, neste momento eu os invejo!

Já disse, em alguma postagem anterior, que acredito, sermos nada mais, nada menos do que misturas químicas, e como tais, reagimos com esse ou aquele elemento. Me pergunto o que faz com que, de repente, quando pensávamos ser super poderosos, donos do nosso nariz e controladores do nosso destino, sucumbir a pequenas coisas? Pequenas que digo, são na simplicidade do acontecimento. E essas, pequenas coisas conseguem derrubar toda aquela fortaleza que achávamos ser.

Como o nosso amigo Super-Homem, também temos nossas kriptonitas! Não existe uma regra, mas existem kriptonitas comuns. Quem não sucumbe a um fato triste na família ou com amigos, a uma morte, a um término de relacionamento, a uma falência financeira, a descoberta de uma doença grave ou a um simples adeus?

Alguns são mais resistentes, mais controlados, ou simplesmente mais fortes mesmo. Outros, como é o meu caso, levam tempo para se recompor de algumas coisas. Descobri minha kriptonita, mas é claro que não vou revelá-la! E estou, como o nosso herói dos quadrinhos, completamente prostrado, me arrastando para escapar do problema, mas como distanciar-se de algo que está dentro de si e que vai minando suas forças? Só mesmo buscando forças em outro ponto interno, mas entre essa busca e o encontro, podem passar dias, semanas, ou seja, o tempo necessário de cada um. E até lá, a sobrevivência, como dizia Clarisse Linspector , é quase que insuportável.

A propósito, estou aceitando doações para a aquisição de um pacote de uma semana no Club Med ou em qualquer resort cinco estrelas.

Beijos e abraços.

sábado, 21 de junho de 2008

CARTAS DE AMOR 2


Em consideração aos meus três leitores, tenho que pedir desculpas, afinal na postagem anterior (CARTAS DE AMOR), não divaguei em nada, só divulguei acontecimentos de minha vida. Mas justifico aqui que tive medo de continuar e criar um texto muito longo, que poderia cansar um pouco.

Agora que foi dada uma pausa, resolvi divagar um pouco sobre o assunto.
No filme “Sex And The City” a personagem principal encontra-se, em dado momento, com um livro que seria uma compilação das cartas de amor escritas por grandes personagens históricos, como Napoleão, Bethoven, etc. Eu mesmo recebi de presente, certa feita, a edição de Cartas de Amor de Kahlil Gibran, o profeta, à sua amada. Claro que cada um tem seu estilo, uns são mais leves, outros mais profundos, uns mais eruditos, outros coloquiais, uns floream, outros são extremamente diretos. Mas no fundo todas dizem as mesmas coisas:a importância do outro, o quanto nossa vida mudou ou foi afetada positivamente com sua presença, e claro a falta que esse amor poderá nos fazer.

Já confessei que escrevi várias cartas de amor e que também as recebi. Deixarei claro aqui que, não vou me prender ao tipo físico da mesma, em papel de carta, feita à mão e em envelope, porque uma carta de amor, na verdade pode estar em um simples cartão de comemoração de alguma data festiva, ou num e-mail, mas certamente, tem que ter uma consistência, afinal um mero post-it escrito "eu te amo" não pode ser considerado, por mais amor que ele esteja querendo expressar, em uma verdadeira carta de amor.

Nos tempos atuais, não sei exatamente como anda a dinâmica das cartas. Quando se é jovem, os sonhos ainda são o combustível para tudo. A medida que se vai envelhecendo, vivendo, convivendo e aprendendo, os sonhos vão se tornando verdades e exemplos, e isso muda muita coisa. Digo isso, porque não sei se serei capaz de escrever outra vez uma carta, como a que escrevi para a Ana Cristina, aos 11 anos. Dedicando a ela todo o meu amor e minha devoção e acreditando que seríamos felizes para sempre, afinal ela mesmo me abandonou logo depois.

E você, já escreveu sua carta de amor hoje?

quarta-feira, 18 de junho de 2008

CARTAS DE AMOR


Recebi recentemente uma carta de amor. Isso mesmo! Não foi um e-mail, não foi um cartão do dia dos namorados, mas uma carta escrita a mão. Em folha de caderno e com envelope e tudo!

Existe um lado muito lisonjeiro deste gesto, o de receber a carta, porque imagino, no mundo de hoje, informatizado e com uma carência enorme de gestos de gentileza, alguém se predispôe a, de maneira, tosca e arcaica como diriam todos os adolescentes, redigir em duas folhas uma carta.

Lembro-me da primeira carta de amor que escrevi, tinha 11 anos, minha amada chamava-se Ana Cristina, haviamos nos beijado recentemente, meu primeiro beijo apaixonado. Não lembro o teor, mas acredito tenha sido algo contundente, pois dias depois fui chamado à casa da mesma e na presença do pai, tive que me apresentar e provar que era um garoto de respeito. Foi um namoro longo, lembro que sempre, que possível, estava eu lá, com minha Calói, na porta da escola, para pegá-la e levá-la "sã e salva" para casa.

Porém um dia, sou chamado à mesma casa, e informado de que a família iria mudar-se para Portugal em breve. E logo, não sei exatamente quanto tempo, voltei a condição de "oficialmente abandonado". Lembro-me de ter escrito uma carta de despedida, incluindo nela esta foto que ilustra a postagem, e que tem até hoje a dedicatória escrita no verso, porém não consegui entregar. Foi minha segunda carta de amor, e a primeira de muita tristeza.

Muitas outras cartas de amor foram recebidas e enviadas em minha vida, sempre me apaixonei facilmente e sempre gostei de deixar claro no papel, as minhas intenções. Mesmo que por diversas vezes tenha me dado mal! Outro dia, encontrei dentro de um caderno do ginásio (atual ensino médio) o rascunho de uma que escrevi. Era muito bonita, mas parecia mais um pedido de desculpa pelo sentimento do que a declaração do mesmo. Não me lembro se a entreguei. Nem se tive resposta.



Faz tempo não redijo nenhuma, apenas escrevi uma em resposta a essa que recebi recentemente, porém, apesar de ter sido com muito carinho, não foi mais uma carta de amor e sim um agradecimento pelo sentimento despertado, porém não recíproco.

E a Ana Cristina? Depois que ela foi para Portugal eu nunca mais soube do seu paradeiro, até porque o banco do carona da minha Calói, não ficou muito tempo vazio.

sábado, 14 de junho de 2008

OPÇÃO SEXUAL


Sou assinante da revista Época. Tudo bem que poderia ter sido da Veja, da Caras, da Marie Claire, da Playboy, etc. Isso para mim é uma opção. Escolhi ser assinante desta revista, que por três edições trouxe à baila, na primeira foi até capa, o relacionamento homossexual de dois militares.

Não virei aqui defender bandeiras, sejam elas de quatro cores ou com todas as cores do arco-iris. Mas não posso deixar de tecer um comentário sobre o termo: opção sexual. Já é mais do que claro, para todos, que ser gay, na sociedade machista que vivemos, nunca foi algo bem vindo. Quantos filhos não foram expulsos de casa? Quantos não foram agredidos, presos e até mortos, mundo afora, por deixarem claro sua "opção sexual". Então eu pergunto por que chamam de opção algo que, não vou dizer todos, mas muitos sabiam iria trazer tristeza e sofrimento e mesmo assim não optaram por ser hétero! Então todos os gays são mazoquistas, certo?

Imagino a seguinte situação: um dia qualquer de sol, ou de chuva, o menino ou a menina, olhando pela sua janela, vendo os carros passarem, as pessoas se esquivando dos pingos, no caso de estar chovendo, divaga sobre ser heterossexual, constituindo assim, a tão esperada família, com marido, ou mulher, filhos e todo o apoio que a sociedade pode dar. Ou então ser gay, e enfrentar todo o tipo de preconceito e dificuldades. Ai ela ou ele, opta por ser gay. Afinal quem quer uma vidinha tranquila? É assim que acontece?

Nem sei quem inventou esse termo, mas da mesma forma que "correr risco de vida", ele é usado como se fosse a idéia mais acertada sobre a situação sexual dos homossexuais. Querem falar bem, querem falar mal, façam, a liberdade de expressão existe para isso, mas por favor vamos, ao menos, usar termos que definam melhor e que não deixe no ar essa idéia de que alguém escolheu ser hetero, gay, branco, preto, amarelo, inteligente, forte, frágil, etc. São características natas de uma pessoa, e não produtos escolhidos em prateleiras de supermercados!


Já vi que vai rolar gozação, mas o blog foi criado para isso mesmo(risos)!

Beijos e abraços!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

EFEITO PSICOLÓGICO



Voltando do trabalho à noite, no carro com um colega, o mesmo noticiou-me que havia casado no sábado anterior. Me surpreendi, porque ele mesmo há muito tempo já havia comentado que era casado! Indaguei sobre essa dúvida e sua explicação foi que já morava junto há um bom tempo, mas nesse final de semana havia feito uma reunião entre as famílias de sua “esposa” e dele, e que com isso havia oficializado o casamento. Ahhh, então quer dizer que você casou no cartório? Perguntei. Não, ele respondeu. Hummm então foi uma reunião religiosa, casou-se perante algum padre, rabino, pastor, etc? Não, respondeu ele de novo! Ué, não entendi, o que mudou da situação anterior, para você me dizer que estão casados? Perguntei. É que agora eu me sinto casado, a situação é diferente, oficializamos perante as famílias. Colocamos aliança e ganhei até uma geladeira nova!

Legalmente ou religiosamente nada mudou na vida deste meu colega, mas psicologicamente, parece que houve uma reviravolta, não? Imagino que no dia seguinte, domingo, para ser mais preciso, ele acordou, olhou para sua companheira e deve ter murmurado ao seu ouvido, bom dia minha esposa.

Somos nitidamente influenciados por nosso cérebro, ou por aquilo que ele produz, seja isso verdadeiro ou não. Nosso psicológico funciona de maneira muito potente. Ele é capaz de nos fazer mudar de humor em milésimos de segundos, e é capaz de construir ou arruinar toda nossa vida.

De acordo com uma amiga, que leu um artigo, inglês se não me engano, em uma dessas revistas, nosso otimismo é um fator cerebral, alguns tem muito outros nem tanto. Concordo com o artigo, e ouso, incluir aqui minha teoria de que somos nada mais que uma constituição de elementos e misturas químicas. Ok, ok, com uma alma (papo pra depois)! E tais misturas químicas estão distribuídas em diferentes quantidades em diferentes pessoas. Por isso umas seriam mais otimistas do que as outras, ou mais inteligentes, ou mais agressivas, ou mais faladoras, ou capacitadas com um ou outro dom.

Voltando ao nosso psicológico, alguns já descobriram o seu poder sobre nosso comportamento, tanto que criaram eventos e coisas que mexem com ele, de uma forma ou de outra. Quem, mesmo não sendo católico, não se sente obrigado a comprar um presente de Natal? Isto porque é o “espírito” da ocasião, e não quer ficar de fora. Ou em datas como dia dos pais, das mães ou até como hoje, dia dos namorados, não se sente feliz por ter alguém que possa presentear e homenagear e “meio esquisito” por não ter?

Já passei por muitos 12 de junhos em minha vida, e me recordo de ter tido somente dois, sem ter que jantar, comprar flores ou bombons, ou um presente mais original. Hoje é o segundo.

Alguém tem um lexotan? Risos.

terça-feira, 10 de junho de 2008

RECOMEÇOS



Estar solteiro significa estar a procura! Sim, pois como diz uma amiga: “ninguém quer ficar sozinho”. Um poeta disse que “nenhum homem é uma ilha”, entendi essa definição, como nenhum homem (aqui me refiro a gênero) pode viver sozinho, isolado.

Existe um lado muito bom, neste recomeço. Estar à procura de alguém que combine comigo, ou ao menos que tenha mais prós do que contras, faz com que me sinta um adolescente. Quando conheço alguém, revivo os mesmos medos e as mesmas inseguranças. Ligo? Não ligo? Convido para sair ou espero mais um pouco? O que falo? Como me visto? Conto minhas piadas ou procuro ser mais sério? E quando estivermos juntos, nos amassos, até que ponto vou? Claro que já não sou o adolescente, por isso, todas essas dúvidas são acompanhadas de várias avaliações e grandes debates internos.

Os melhores livros de auto-ajuda e claro, a experiência de muitos e a minha própria, ensina que o melhor é ser autêntico. Claro! De que adiantará criar um personagem que não se sustentará por muito tempo. A gente não deve ser aquilo que não é. Não adianta achar que, ela é maravilhosa, ou ele é perfeito, se essa maravilha de pessoa ou essa perfeição não gostarem de nós como somos! Com todas as nossas imperfeições, porque sendo honesto, todos somos assim, com pequenos detalhes e características que, em alguns casos, beiram à esquisitice mesmo. Risos.

Nesta jornada nos deparamos com diversos novos tipos, alguns jamais imaginados e com figuras típicas do nosso processo de escolha. Isso mesmo, porque sempre há um padrão. Depois de um certo tempo você percebe que acaba escolhendo sempre alguém parecido com a anterior. Ás vezes até fisicamente. Mas padrão ou não, diferente ou não, esquisito ou não. Quando estamos neste recomeço, sentimos aquele gostinho de aventura, que nenhum creme dental poderá dar.

Ahhhhhhh!!!

domingo, 8 de junho de 2008

NEM TODOS OS CÃES SÃO PITBULLS



Sempre gostei muito de televisão, quando criança era aficionado pelos desenhos animados do Hanna Barbera, quem é da minha época vai lembrar que “Não existe nada mais antigo, do que cawboy que dá cem tiros de uma vez, la, la, la ...”. Essa era a música tema, de abertura do Globinho Supercolorido, era tudo! Claro que quando criança, minhas atribuições eram mínimas: estudar, brincar e assistir televisão, como qualquer criança até hoje.
Nada de Internet ou de games super revolucionários, no máximo, um telejogo, War, Banco Imobiliário, Detetive, etc. A noite, em casa, nos restava assistir tv ou ler, sim eu adorava ler, principalmente revistas em quadrinhos, Mônica, Cebolinha e sua turma eram minhas paixões, mas claro que toda a turma do Walt Disney, faziam minha felicidade também. Só passei a gostar mesmo de livros depois dos 11 anos, quando li pela primeira vez o Pequeno Príncipe. Sei que alguns vão torcer o nariz, mas antes um clássico como esse do que as letras de funk de hoje em dia.

Na televisão, o Sítio do Pica-pau Amarelo, foi o que chamo de minha primeira série, depois Dallas, A Feiticeira, Jeanny É Um Gênio, Homem de Seis Milhões de Dólares, e assim por diante foram fazendo minha cabeça quanto à esse gênero televisivo, que para mim era melhor do que as novelas, uma vez que cada episódio era semanal, não me obrigando assim a estar todos os dias diante da telinha, como é o caso da novela.

Fui crescendo e várias outras séries foram adicionadas àquelas, muitas as substituíram, uma vez que há um “tempo de vida” para cada uma. Barrados No Baile, A Gata e o Rato, Alfie o ETeimoso, etc. deixa eu parar por aqui, senão vai ser uma lista muito grande. Porém em 1999, passando por uma fase de baixo astral, após o término de um namoro, ou seja, um pouco fragilizado, fui apresentado, por um casal de amigos, ao Sex And The City, uma série, “voltada” para o público feminino que passava na HBO. Não sei bem se era a Cristina ou o Henrique que gravava, mas eles me emprestaram duas fitas com todos os episódios da primeira temporada. E eu, que não tinha HBO, pois a NET ainda não havia disponibilizado esse canal na época, e no intuito de ocupar minha cabeça com coisas que me fizessem passar o tempo, assisti às tais mulheres de Nova Iorque, à procura do amor, do prazer e do consumo. E gostei. Claro que, tirando vários acessórios e enxugando frivolidades, a série faz pensar!

Algumas atitudes ditas “femininas” se encaixam no que todos fazem, os anseios são identificados por muitos de nós, homens ou mulheres. Quem não vive à procura do prazer, do bem estar, da realização, quer seja ela profissional, quer seja emocional? Claro que o mundo feminino tem idiossincrasias próprias, isto é histórico, é cultural, quando não próprio da feminilidade. Mas conhecer algumas particularidades do pensamento feminino passa a ser um fator interessante, quando não vantajoso até para aquele que quer se dar bem em suas conquistas.

E vamos reconhecer que há todo tipo de homens, desde os mais truculentos aos mais sensíveis, da mesma forma como existem vários tipos de cães, desde os mais ferozes até os mais tranqüilos e amigos. Lembrem-se que já houve um tempo em que futebol era coisa exclusiva de homem. Então dizer que uma série é estritamente feminina nos dias de hoje, é esquecer que vários homens pintam os cabelos, usam brincos, cuidam da casa e dos filhos, é fechar os olhos para as mudanças. E o mundo tá mudando em diversos aspectos.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

LOUCURAS À PARTE


Há poucos dias, levantei a lebre sobre essa dependência da "cara metade", quase arremessei pedras nos que vivem atormentados por essa necessidade, de ter que ter alguém. E hoje, por pura armação do destino assisto a um episódio final de uma série, que acabou faz uns dois anos, mas que por puro descuido não havia conseguido assistir.


Pois bem, o episódio final me levou às lágrimas, porque, como todo bom final feliz, as tramas foram ajeitadas para que os casais, pelos quais torcia dessem certo, realmente se acertassem. Já tinha visto tantas vezes em tantos outros filmes, mas fiquei emocionado quando o ator principal ajoelhou-se e pediu a mão em casamento de sua vizinha. E quando uma das atrizes, aluga uma roda gigante e a leva para a frente da casa do cara com quem ela teve centenas de encontros e desencontros, somente para provar que ela lembrava de onde ocorrera o primeiro encontro dos dois.


Amanhã escrevo uma postagem do hospício, ok?

domingo, 1 de junho de 2008

THE BEST SONGS ARE WRITTEN WITH THE BROKEN HEART





Se as melhores canções são compostas pelos corações partidos, como cantam os Carpenters e as melhores obras são escritas nos momentos de tristeza, como fez e disse Oscar Wild, então agora deveria ser o momento da minha “master piece”, ou seja, obra de arte.
Estou triste! Depois de um grande namoro, de quase cinco anos, que não se sustentou por pura comodidade, tive dois outros à distância, um cujo o ponto de origem e de referência por um ano e meio, foi Floripa, o qual foi um relacionamento que teve seus altos e baixos, mas foi algo que me fez sentir vivo. Pois, por “amor” me aventurei e fiz de tudo para estar lá, peguei avião, fui de carro, fui de ônibus, dormi na estrada, aluguei carro, usei o meu, só não usei os balões do tal padre porque nunca passou pela minha cabeça tamanha besteira. Mas sabe-se lá! Hoje chamo de besteira, mas na época poderia bem ser uma idéia interessante, afinal o padre em algum momento achou, não?

Voltando à minha história. Terminado esse grande amor, que morreu por pura falta de patrocínio e claro, outros “detalhes menores” como algumas incompatibilidades que somente o dia a dia, coisa que não tínhamos, começaram a surgir com a chegada do tempo, tive um segundo namoro. Esse também à distância! Um amigo que é psiquiatra disse que eu, intencionalmente, mas não tão conscientemente queria que fosse assim. Que nada!

Nos conhecemos por acaso e depois de uma semana maravilhosa de romance, sexo, jogos de sedução e carinho, sucumbi, apesar de já saber que não poderia dar certo, a um romance que ultrapassaria fronteiras. Entrei nesse porque foi tudo muito bom, talvez fosse uma das melhores oportunidades da minha vida de construir um “lar”. Inteligência, beleza, bom gosto, requinte, permeavam nossa história, não vou falar do bom sexo, porque crianças podem acessar o blog e depois dizerem que sou safado.

Porém quando assumimos uma relação nesses moldes, precisamos ter uma coisa em mente, que é o projeto de encurtar a distância, a curto prazo, do contrário ela está fadada a fenecer. E foi o que aconteceu.

Hoje estou aqui, às 5h da manhã escrevendo sobre minha “viuvez”. E me sinto super pra baixo. Não sei explicar bem o porquê, uma vez que sou um cara maduro e consciente de todas as razões tanto emocionais quanto físicas, de tais “mortes”. Só estou dando um desconto porque sou um ser humano, e de acordo com artigo que li numa dessas revistas, não nasci para ser racional.

Poderia discorrer aqui sobre minha dor, minhas poucas mas verdadeiras lágrimas, meu desespero em achar que serei um eterno viúvo, minha talvez pouca competência em administrar assuntos do coração e até da vida mundana, mas prefiro pensar em outra coisa. O que me ocorre, no meio de todo esse pequeno furacão emocional é questionar se um dia essa necessidade de estarmos atrelados emocionalmente a alguém é produto da nossa natureza humana ou algo que nos foi incutido com o passar dos tempos!?

Entenda, vou separar aqui duas situações que acho bem distintas: a primeira se refere ao sexo em si, ao desejo, à procriação, a necessidade de perpetuação da espécie. Necessidade inerente a todo animal. E claro, não há condições de existir um sexo de verdade sem a outra parte. Mas para isso, o sexo pode existir independente dos arreios do relacionamento. A segunda situação, versa sobre esse modelo visto no final de todas as novelas, filmes, romances, o chamado par, casal, pombinhos, ou seja lá como queiram descrevê-los.

Me pergunto se meu momento de tristeza é fruto do meu mais profundo e natural comportamento animal, ou se é porque nasci numa sociedade onde tudo me induz a trilhar caminhos de mãos dadas, e no momento estou deprimido porque não tenho essa outra mão para segurar? Como não tenho os carros bonitos, os tênis de marca, o sorriso colgate, a beleza dos modelos.

Será que estou partilhando da mesma dor que uma gordinha, que não consegue ficar esbelta como aquela determinada atriz, sente? Isto não porque ela naturalmente se incomoda em ser gordinha, mas porque cada canal de tv, cada outdoor na rua, cada página de revista a faz entender que ser gordinha não é o certo! Não é o que está na moda, e não estar na moda nos deprime, pois nos faz sentir diferentes, menos afortunados.

A incessante busca do outro, do par perfeito, da outra metade da laranja, é mesmo algo que precisamos, porque não conseguimos sobreviver sem alguém, ou é simplesmente um paradigma da sociedade, sua realização pessoal e sua felicidade devem realmente estar nas mãos de um outro ser, que nem te conhece direito?

Precisamos mesmo de um outro alguém para sermos felizes? Completos? Sempre que vejo algo, seja no cinema, na televisão, ou mesmo quando leio, os motivos que fazem com que a trama siga adiante, ou tenha um sentido, é essa necessidade do encontro da outra pessoa. Seja ela, homem ou mulher, bonito ou feio, inteligente ou pouco esperta, ela sempre é a razão. Mas até que ponto não fomos levados a pensar dessa forma, de que sozinhos não seremos felizes. Quantos finais felizes nos fizeram a cabeça? Até trilha sonora temos!

Os que não estão em par, devem sentir-se menos confortáveis, porque essa situação destoa do modelo oficial? Já ouvi dizer que mulheres que tem filhos, olham para as que não os tem com aquele olhar de desaprovação, como se ter filho fosse o título para participar da sociedade feminina e não tê-los faz da outra, menos mulher. Não quero que minha carteirinha para o clube dos "de bem com a vida", precise existir por conta da minha não solidão.

No entanto sei que a vida é um jogo, um jogo com regras, cada segmento tem seus próprios estatutos, e para podermos participar deles devemos respeitá-las, sim porque senão não seremos reconhecidos como membros desta ou daquela irmandade. Não se pode jogar buraco, sem que as cartas respeitem a lei de formação para os pontos. Existe um livro, do mesmo autor de “O Mundo de Sofia”, o Jostein Gaarder, chamado “O Dia do Curinga”, nele o mundo das cartas de baralho é usado como uma analogia ao nosso, onde ser curinga, significa destacar-se dos outros, pois o coringa pensa diferente, pode ser inserido a qualquer momento em qualquer jogada, mas não pertence a naipe algum.

A pessoa não se torna curinga, ela nasce curinga, um fardo ou privilégio com o qual ela terá que saber viver, mesmo que seja uma vida solitária. Ai, ai, ai...

segunda-feira, 26 de maio de 2008

SENSIBILIDADE




Está é a palavra que para mim define tudo que uma pessoa deve ter para poder viver bem consigo e com os outros. E é claro, por ser algo positivo, está em falta no mercado. Não porque as pessoas têm procurado bastante e o estoque acabou, como os repelentes para mosquitos. Mas sim porque a falta de procura desse predicado, fez com que a produção fosse paralisada, como aconteceu com o mandiopã e as balas de caramelo.
Por duas vezes hoje, esse tema veio à minha mente, e não é preciso ser historiador ou funcionário do IBGE para perceber que vivemos, hoje, comparativamente com um passado não tão remoto, mais momentos de extrema falta de educação, protagonizadas por nada menos do que nossos semelhantes. Se antigamente, diziam que era difícil ver um ato de gentileza por parte de alguns, hoje é quase impossível. E pasmem, também não sou vidente, mas to vendo que o negócio tende a piorar.

Ao invés de sorrisos, se vê nos semblantes, desconfiança, incômodo, ira mesmo! Dá até medo de se dirigir a algumas pessoas. Hoje, quando fui abastecer meu carro, fui testemunha e talvez, vítima de um desses momentos. Simplesmente uma pessoa do sexo feminino, creio que com medo, pois afinal postos de gasolina tem sido palco de tamanhas atrocidades (isto é ironia!), simplesmente, para não perder sua vez em uma enorme fila de dois carros, bloqueou minha passagem, e por mais que eu gentilmente acenasse indicando minha intenção de passar para o outro lado do posto, a criatura me ignorou e ainda por cima pegou o celular e começou a fingir que estava em uma ligação. Como sei que era fingimento? A não ser que ela estivesse recebendo informações sobre sua próxima “missão impossível”, o fato de sequer abrir a boca para expressar um oi ou tchau, delatava sua “armação”. Posso estar totalmente , enganado e sendo injusto com tal pessoa e por isso devo voltar em outra encarnação para pagar esse erro. Mas duvido muito! E ainda, agora sendo eu testemunha, e não vítima, vi que, o carro que estava na frente do dela, precisou dar marcha ré e ela, já sem o celular, mas fazendo cara de paisagem não moveu um milímetro. Será que ela não aprendeu a dar ré no carro? E eu aqui espinafrando a pobre!?

Agora há pouco, liguei para uma amiga que fora a uma entrevista para um emprego, ela, como eu, é professora, e tinha me dito ontem que estava com uma aula agendada para às 18h na tal escola, para qual se candidatara. Chegou lá, bem antes do horário previsto, como manda o manual do bom “procurador de empregos” e esperou nada mais que duas horas, após o horário estabelecido, para ser atendida. E enquanto dava sua aula, nervosa como todo “procurador de empregos”, notou que a dita dona da escola, estava de papo com sua filha. A pergunta que fica é: quem procura emprego, ta pedindo esmola?

Sensibilidade para mim, é um misto de gentileza, respeito, decoro, bom senso e empatia. Com esses ingredientes vamos saber a hora certa de falar, de calar, e o gesto certo que usar. Sem ela, seremos eternamente trogloditas egocêntricos.

Chega, pois sensibilidade é também perceber quando preciso me calar, risos.