Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





domingo, 16 de novembro de 2008

O QUE EU NÃO QUERO SER QUANDO CRESCER!


Quando criança, os adultos tendem a fazer aquela célebre pergunta: o que você quer ser quando crescer? Engenheiro? Médico? Professor? Astronauta? Cantor de Funk? Loira do Tcham? Homem Berinjela? Mulher Melancia? Bem... há uma gama de opções, mas na verdade não dá para prever, pois eu por exemplo queria ser médico, acabei como professor de matemática!

 Porém uma coisa que ninguém pergunta é o contrário! Talvez porque seja uma pergunta direcionada aos adultos. Como me fiz algumas vezes, e repeti agora a pouco, de madrugada, com alguns “mojitos” e caipirinas a mais, voltando para casa, no banco traseiro de um táxi.

 

Existem diversas coisas que não quero ser, porém ser uma pessoa solitária ou infeliz é do que mais fujo. 

Fugi dos padrões normais, não casei, não tenho filhos e particularmente não vejo tais acontecimentos em minha vida, pelo menos em curto prazo. E veja que curto prazo para mim, considero os próximos cinco anos. 

Então como fugir da solidão? A grande maioria de meus amigos criou suas famílias, têm seus filhos. Voltam para casa à noite, depois do trabalho e praticam seus papéis de maridos, esposas e pais. E assim suas vidas vão sendo preenchidas com esses acontecimentos. E os que, como eu, não tem alguém com quem contar quando chegar em casa? Ao assistir a uma novela, série ou mesmo notícia no telejornal não tem com quem comentar? Ao deitar podem esparramar-se pela cama, pois não há ninguém para dividir? Como fugir da sensação de sentir-se sozinho? Mergulhar em leituras ou tarefas do trabalho que trazemos para casa? Escrever blogs? Papear com os outros, talvez solitários também no MSN, Orkut ou salas de papo de algum provedor? 

Tinha um amigo do peito, de festas e baladas, o Fernando, havíamos prometido, que iríamos nos apoiar e cuidar um do outro. Ele se foi, numa artimanha trágica da vida! Faz um tempo, 4 anos, mas ainda me sinto órfão dele. Quando nos sentíamos pra baixo, não importava a hora, o telefone tocava e em pouco tempo estávamos em algum bar, com uma cerveja e filosofando.

Claro que curto muito meus momentos do eu-sozinho, pois nele penso, repenso, pesquiso, escrevo... mas sinceramente, tem horas que gostaria de ter ao meu lado alguém inteligente, que soubesse conversar, contar piadas, rir das minhas piadas e até ficar em silêncio juntos.

Não estou triste, acabei de vir da balada, bebi um pouco demais e isso baixou um pouco meu astral, tanto que não conversei sobre o tempo ou qualquer amenidade com o motorista do táxi, que me trouxe para casa. Só vim com essa pergunta na cabeça: o que eu não quero ser quando crescer?

Taí algo que preciso pensar sóbrio!

Beijos e abraços!

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