Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





domingo, 12 de dezembro de 2010

O PESO/PREÇO DA RESPONSABILIDADE



Pagamos um preço pelo que somos! Pois o que somos nos faz tomar certas atitudes que podem nos fazer questionar se realmente vale a pena ser desse jeito.

Caminho pela rua, olho para as pessoas e vejo muitos semblantes, muitas formas, muitas vidas diferentes. Cada uma delas carrega, como eu, o peso de ser o que é!

Não quero dizer que somos, naturalmente um fardo para nós mesmos, mas digo que existem características, sentimentos, desejos que gostaríamos de modificar ou mesmo de nunca tê-los tido. Claro que falo isso por mim mesmo, afinal não sou nenhum profundo conhecedor da natureza humana, o que escrevo é uma noção do que o hábito de pensar e observar me remete. Olho principalmente no espelho, converso (intimamente) com meu interior e tento, com isso, compreender um pouco mais de mim e dos que me rodeiam.

Durante esses últimos dois anos, em que estive à frente da direção de uma das escolas que trabalhava, descobri o quão complicado é ser extremamente responsável. Principalmente num meio em que a grande maioria não é!

Imagine-se um maestro tentando reger uma orquestra formada por músicos dedicados e por amadores, que resolveram pegar um instrumento e, por isso, acham que podem tocá-lo. E o pior, esse maestro não pode dispensar um amador sequer! Tentaram imaginar o som que vai sair? Pois bem, assim tem sido minha vida profissional.

E por isso, como maestro responsável que me propus a ser, pago um preço que não tenho condições de manter.

Imagino que outras pessoas, assim como eu, tenham outros “pesos” em suas vidas, como eu tive esse excesso de responsabilidade dentro de uma estrutura irresponsável. Os chamados “sacos de areia” que prendem nossos balões, fazendo com que eles não possam ficar mais leves e voar mais alto.

Da maneira com que estou escrevendo parece que responsabilidade é negativa. Não, não é, acho-a super necessária para organizarmos nossa vida e com ela criarmos uma direção. Mas também acho que da maneira que a usei, foi nociva para mim mesmo. Imagina o maestro acima, querendo de qualquer forma que a orquestra toque a 5ª de Beethoveen e eles mal conseguem se acertar! Criou frustração, irritação e no final desapontamento. Então por isso, ela, a responsabilidade, foi prejudicial pra mim.

Há esperança!

Alguns sofrem de medos, outros de timidez, outros de excessiva confiança, e por ai adiante. Mas o bom é que temos chance de mudar, de nos tornar leves, cortando os sacos de areia e levar nossos balões para outros ares, onde quem sabe, não pagaremos preços tão altos pelo que somos!

Beijos e abraços.