Frase da Semana

"A MINHA FELICIDADE DEPENDE DA QUALIDADE DOS MEUS PENSAMENTOS"





domingo, 28 de março de 2010

FÉ, CRENÇA, RELIGIÃO




Digamos que, para mim, a FÉ, seria como o amor, um sentimento, inexplicável, que muitos sentem e evocam, responsável por um número de atitudes, desde as mais bobocas até as mais altruístas. A CRENÇA já é, como o próprio significado denotativo da palavra, acreditar nesse “amor”, senti-lo a ponto de deixar que ele governe momentos de sua vida. E, finalmente a RELIGIÂO, seria o rótulo, a “pessoa” a quem você dedicaria esse “amor”.

Não sei se me fiz entender no parágrafo acima, mas após anos perguntando se Deus existe e por que tantas religiões, se todas convergem, em sua grande maioria, para o mesmo ponto? Cheguei nesse raciocínio pessoal, repito, esse é meu pensamento, minha forma de gerenciar minha relação com algo que algumas vezes me confunde.

Já dizia Marx que a religião é o ópio do povo. Essa frase sempre me intrigou, mesmo antes de fazer a primeira comunhão, e mesmo depois de ter tido, muitos anos mais tarde, um desentendimento com um padre por um comentário que ele não soube defender, e eu jovem talvez não tenha sabido compreender, sobre a condenação de Deus ao divórcio. Pelo menos do Deus católico.

Não me considero um ateu, pois não sou capaz de explicar ou por vezes preciso acreditar que essa aleatoriedade de acontecimentos, em minha vida, não seja tão desgovernada assim. O estar no lugar certo na hora certa, ou o contrário, pode parecer convincente, mas me dá algumas vezes um ar de desamparo.

E acho que isso é o que as pessoas procuram nas religiões através de suas crenças, um amparo para quando nos sentimos meio perdidos, abandonados. Vítimas de nossas atitudes precipitadas ou mesmo pensadas, mas que não surtiram o efeito desejado. Quando perdemos nossa direção, entrando cada vez mais num labirinto confuso do qual muitos sentem tanta dificuldade de sair que se apavoram. Nesse momento Marx grita alto e o ópio se faz necessário.

A escolha da religião recai no gosto de cada um, algumas nos atraem como outras nem tanto. Assim como a preferência por quem nos interessa, uns gostam de gordinhas, outros de magrinhas, loiras, morenas, mulatas, e assim por diante. Dentro das religiões também há isso. Por exemplo a Católica é cheia de dogmas que você precisa acreditar para poder realmente ser um católico. A espírita nos faz crer numa vida pós morte e numa possível reencarnação. O budismo, de acordo com meu correspondente budista Artur, por sua vez, acredita na lei da causa e efeito, ou seja, somos responsáveis por tudo que fazemos e com isso criamos forças para entender e superar as adversidades com alegria. O candomblé exalta a existência de espíritos, em sua grande maioria, africanos, que incorporados dão conselhos e em troca de “graças” pedem oferendas. A evangélica, tenta repudiar tudo o que há nas outras mas acaba fazendo um misto delas. E assim vão seguindo as diversas religiões, ordens ou seitas existentes.

Não sou católico, não sou budista, não sou espírita, não sou evangélico, nem judeu, islamita ou seja, não tenho um rótulo. Mas tenho dúvidas e dentro deste contexto, me pego olhando por vezes para o céu tentando, não buscar um Deus, mas buscar, dentro de mim mesmo uma explicação e um alento para meus pequenos ou grandes tormentos. Por vezes reclamo com um Deus, que não tenho idéia de como seja, ou se realmente existindo ele me ouve. Mas isso me permite dividir com alguma coisa, mesmo que seja com meu subconsciente, as conseqüências dos meus atos, ou mesmo as sortes ou reveses que o fato de estar vivo me proporciona. E assim vou seguindo divagando!

:-)

Continuando nesta linha de pensamento, no próximo, divagarei sobre “A Cabana”, que por insistência de um amigo, li recentemente.

Beijos e Abraços.

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