Frase da Semana

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segunda-feira, 18 de julho de 2011

SEXO, NOS TEMPOS DA MTV


Hoje, domingo, dia mundial da preguiça, aproveitei um pouco e abusei dela.

Fiquei na cama até mais tarde, zapeando os canais da tv. Entre um canal e outro, um clipe de música e outro, uma propaganda e outra, percebi que estamos voltando às origens animais no quesito sexualidade!

Tudo agora gira em torno dele, do sexo, nunca se vendeu tanto com mulheres e homens quase ou completamente nus. A sensualidade nunca esteve tão em evidência. Nos clipes de música, não há uma nova cantora vestida completamente, todas usam, quando usam, shortinhos curtíssimos, delineando suas protuberâncias, e “soutiens” ou “tops” suficientemente apertados a ponto de deixar bem destacado seus, naturais ou não, volumosos seios .

As letras falam sobre o sexo, suas facilidades e seus efeitos, como fazê-lo bem, com quem e quando. Os Carpenters, Bob Dylan e outros cantavam a beleza dos pássaros e da natureza. Gaga, Britney e outras cantam a beleza de suas curvas e como aproveitá-las.

Não vou ser severo somente os estrangeiros, ouçam os atuais funks e suas tão educativas letras, o que eles ensinam? Sexo.

Voltemos os olhos para nossos adolescentes “brasucas”. Nossas meninas que usam e abusam dos seus minúsculos shorts de lycra, do rebolado e dos seus atrativos naturais. Nossos meninos que já cedo, fazem exercícios para moldar seus tórax e compram suas bermudas acreditando que vão engordar 10 quilos assim que sairem da loja, como não acontece, tais bermudas vivem nos joelhos.

Reconheço que o sexo, a partir das cargas naturais de hormônios, é o principal motivo de diversas coisas em nossas vidas. É natural! Somos animais, por mais que queiramos ser racionais, tais desejos fazem parte dos nossos instintos. Nos vestimos, freqüentamos academias e nos enchemos de produtos químicos, seja internamente, seja externamente, somente para nos tornar atraentes para outros, e para quê? Conquista e sexo!

Admito isso e não quero parecer um hipócrita, mas sou de uma época de ingenuidade, fui uma criança ingênua nesse sentido, a música mais picante talvez tenha sido composta pela Rita Lee, quando dizia “Meu bem você me dá água na boca, vestindo fantasia, tirando a roupa...”. Claro que o sexo sempre foi uma curiosidade, repito é natural, era um assunto velado e por isso era misterioso e seu acesso, mais difícil. Talvez por isso, levado mais a sério! Hoje, ele está bem aparente em diversos “sites” da internet, e em diversas cenas das novelas, clipes de músicas e filmes.

Não sei dizer se foi melhor para mim a descoberta mais tardia dele, do que está sendo para as crianças e adolescentes atuais, só sei dizer que estou achando estranho andar pelas ruas e deparar com todas as calcinhas e cuecas à mostra. "Cofrinhos" e pêlos pubianos visíveis pelos rebaixamentos propositais das calças compridas e bermudas. Ouço crianças falarem sobre sexo, como eu falava sobre os bonecos do forte apache, assuntos distintos, mas que atualmente estão no mesmo patamar, tratados como brinquedos. Beijar todos, ficar com todos e experimentar todos, são as máximas dos bailes e das festinhas.

Os corpos estão à mostra, menos roupa, mais pele. Será que essa sensualidade exagerada não pode desbancar para uma sexualidade sem controle? E vamos chegar a um tempo que teremos que jogar baldes de água gelada, para separar os que estiverem fazendo sexo na nossa esquina? Bom... mais uma para a famosa “quem viver verá!”


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